terça-feira, 30 de outubro de 2012

NOTA DO MLB SOBRE O DESPEJO DA OCUPAÇÃO SÔNIA ANGEL

" O papel dos Blogs é também denunciar as arbitrariedades cometidas pelos Agentes de Repressão do Estado!!"(Ninféia G) Por MLB Durante dois dias e meio, dezenas de famílias sem casa da cidade deCaxias-RJ ocuparam um terreno vazio nas imediações dos bairros SãoBento e Parque Fluminense e fizeram dele sua nova morada. A ocupação,organizada pelo Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) edenominada de Sônia Angel, foi realizada na madrugada do último dia 27e já contava com dezenas de barracos, banheiros e cozinha comunitáriaquando, no início da tarde do dia 29, foi violentamente reprimida peloPolícia Militar do Rio de Janeiro. Com um efetivo de 40 homens e semqualquer mandato judicial, o tenente Júlio César, do 15º Batalhão,comandou a desocupação arbitrária e ilegal. A Polícia se aproveitou do horário de trabalho de boa parte dosparticipantes da ocupação para realizar a ação criminosa. Valendo-sede bombas de efeito moral e cassetetes, os policiais distribuíramporradas em homens, mulheres e crianças, prenderam oito lideranças eapoiadores do movimento, derrubaram todos os barracos da ocupação eainda apreenderam e destruíram os cartões de memória de quem portavamáquinas fotográficas e celulares com câmeras. Apesar da brava resistência de todos militantes – para a surpresa dosagentes da repressão –, oito companheiros e companheiros foram levadospresos: Juliete Pantoja, coordenadora do MLB e líder da ocupação;Gabriel Henrici, diretor de Direitos Humanos da UEE; EstebanCrescente, diretor da UNE; Carlos Henrique, diretor da Ubes; JulianaCosta, diretora da Fenet; Pedro Gutman, do Diretório Acadêmico deBiologia da UniRio; Vaniewerton Ancelmo, diretor do Sintnaval; eSandro, do MLB e da Ocupação Eliana Silva de BH. Segundo Esteban Crescente, um dos detidos, “eles praticaram uma sériede arbitrariedades e buscaram primeiro prender os militantes queestavam à frente da ocupação. Praticaram também a tortura, pois nosdeixaram presos nos camburões, num calor imenso e sem ar, além de nosameaçar a todo instante, afirmando que não sairíamos dali, que iriamnos bater mais”. A posse do terreno é do Instituto Nacional de Colonização e ReformaAgrária (Incra), mas o despejo foi solicitado pelo Instituto Estadualdo Ambiente (Inea), que apresentou documento de concessão. Aténovembro de 2011, o terreno estava cedido à Fundação Educacional deDuque de Caxias (Feuduc), faculdade privada situada próximo ao local eque nada fez para dar-lhe qualquer utilidade. Há anos abandonado e sem função social, é de se perguntar qual crimeas famílias ocupantes e o MLB cometeram para serem reprimidos destaforma? Apesar do ocorrido, os participantes da Ocupação Sônia Angelpermanecem de cabeça erguida e orgulhosos por terem enfrentado o poderda especulação imobiliária, do Estado burguês e da Polícia. Manifestações de apoio e solidariedade chegavam a todo instante dosmoradores do bairro – que cederam a creche local para os desabrigadose doaram alimentos e manifestaram o desejo de ingressar no MLB –, e deoutros movimentos e entidades sociais, como o Sindipetro-Caxias, aCentral de Movimentos Populares (CMP) e o Movimento Nacional de Lutapor Moradia (MNLM). As famílias da Ocupação Sônia Angel não desistirão de seu propósito demorar dignamente, e o MLB continuará levantando firme a bandeira daReforma Urbana e socialismo como únicas soluções para o grave problemada moradia no Brasil. -- " A luta de classes é o motor da história." K.marx & F. Engels. http://www.sintnaval.blogspot.com http://www.movimentolutadeclasses.org

domingo, 21 de outubro de 2012

Aspectos da democracia direta em Cuba

O jornal cubano Granma publicou nesta sexta-feira trechos de uma entrevista do jornal argentino Tempo com o presidente da Assembleia Nacional do Poder Popular, Ricardo Alarcón, sobre a realização de eleições regionais em Cuba, que ocorrerão neste domingo (21). Leia a seguir trechos da entrevista: Fora de Cuba há uma ideia de que aqui as votações são relativas, em função de que existe um partido único. Como é o sistema eleitoral cubano e quais são seus valores, falando em termos de democracia? “Nós estamos agora num processo eleitoral. Essa é uma das diferenças fundamentais com o modelo existente, com o suposto paradigma. A essência do sistema de eleições no mundo ocidental contemporâneo envolve que os eleitores, que não são todos os cidadãos, mas apenas uma parte, são chamados a votar por algum candidato escolhido pelas maquinarias eleitorais ou partidos políticos. A cidadania tem então escassa participação na escolha dos candidatos. Em Cuba, já levamos várias semanas um processo que consiste em que as pessoas escolhem, mediante o voto, àquelas pessoas que quiserem levar como candidatos. Isso não acredito que seja parecido ao que predomina no resto do mundo. Aqui, podemos dizer que há tempo que milhões de cubanos já votaram, devido às chamadas assembleias de nomeação dos candidatos. Em 21 de outubro, essas mesmas pessoas são convocadas para ir às urnas e optarem entre os vários candidatos que eles mesmos nomearam. Os candidatos são eleitos, não designados. Não estão ali por decisão duma maquinaria eleitoral”. Que características ou qualidades são levadas em conta para serem eleitos? “Obviamente a propaganda feita nos jornais ou na televisão fala de apoiar os melhores, os mais capazes. Mas a realidade pode ser outra porque um morador, por exemplo, ergue a mão nas assembleias realizadas em todos os bairros e propõe alguém que considera representativo, ou diretamente diz que se candidata ele mesmo, que também se pode fazer e já ocorreu. Se algo abunda em Cuba, são as eleições. Esta etapa termina em 21 de outubro e o segundo turno é no dia 28, onde concorrem os votantes daquelas circunscrições onde nenhum dos candidatos teria obtido mais de 50% dos votos”. Nas eleições da maioria dos países, se um candidato comete defecção, os votantes podem puni-lo, não votando nele, quando realizadas as novas eleições. Que alternativas têm os eleitores cubanos nesse caso? “Muito simples: qualquer uma das pessoas eleitas pode ter seu mandato cassado em qualquer momento, por aqueles que o elegeram. Nos últimos anos, eu fui deputado pelo município de Plaza de la Revolución. A primeira vez que isto aconteceu, em 1993, convidaram-me como aos outros deputados da zona, para participar da assembleia municipal, cujo ponto principal era a cassação de seu presidente. Eu me sentei com o resto dos participantes e houve uma intensa discussão: alguns não concordavam com cassar o companheiro e falavam maravilhas de sua gestão. Outros o criticaram fortemente. De repente, um companheiro, que tinha antiguidade no trabalho nesse distrito, se levantou e disse: ‘Gente, tirem o dramatismo disso, se aqui em Plaza, nenhum presidente terminou seu mandato. Todos foram substituídos’. Não existe nem prazo, nem restrição alguma para cassar mandatos. Pode fazer-se em qualquer momento, mas obviamente sem que isto se converta num caos, onde estejamos votando todos os meses”. Nas imagens difundidas no exterior sobre as eleições cubanas, trata-se de ridicularizá-las com os números de participação que sempre são altos e em muitos casos superam os 90%. “Eu tenho uma explicação sobre isso. Quando você vai votar em Cuba para eleger dentre várias pessoas, e é sabido que uma delas foi proposta em sua assembleia de nomeação, você o conhece, sente-o mais próximo, tem confiança dele. É bem diferente às eleições de outros países, onde o candidato inunda as paredes com cartazes com sua foto, sorrindo e prometendo tudo. Em segundo lugar, se há algo fácil em Cuba, é votar. Os centros eleitorais estão a muito pouca distância de onde moram as pesoas, um quarteirão, ou dois máximo. Isto faz com que participe muitas mais pessoas que em locais onde as mesas de votação estão muito afastadas. Outra coisa é a lista de eleitores. Se agora percorre a Ilha, poderá ver-se na porta dos prédios, nas mercearias, nas lojas, a lista dos eleitores, submetidas ao escrutínio público e ao controle popular. Eu vou ali e vejo se meu nome está aí, e se não estou, então reclamo para que me incluam. Mas vejo também que colocaram você, e então digo, este é argentino e não mora em Havana, e não pode votar aqui. De maneira que quando vou votar, já sei que votam tantas pessoas que estão identificadas na porta com seu nome e sobrenome. Depois, chegado o momento do escrutínio, a comissão responsável convida os moradores que estão na porta do local, a que os ajudem a contar. Comparemos isso, com situações onde as pessoas nem sabem quantos podem votar onde votam, nem sabem quantos votaram, nem sequer qual é o resultado”. Fonte: CORREIO DO BRASIL (Extraido de Blog Solidários)

Tropas dos EUA no Rio S.Francisco: Congresso quer ação de Dilma

"Soldados do exercito dos EEUU no Rio São Francisco: Por que?E como que isso pode acontecer sem o conhecimento e autorização do Governo e do Congresso brasileiro? Coisas de Batidores?"(Ninféia G) A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Congresso (presidida pela deputada comunista Perpétua Almeida) enviou requerimento à Presidência manifestando preocupação em relação à soberania nacional no contrato firmado entre o governo e o Corpo de Engenheiros do Exército dos Estados Unidos (Usace) e pedindo a intervenção de Dilma Rousseff no caso. A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), órgão subordinado ao Ministério da Integração, contratou tropas norte-americanas a pretexto de estudar formas de tornar o Rio São Francisco navegável, ignorando o fato de que a engenharia brasileira tem total competência para o caso. A parceria entre a Usace e a Codevasf, de 7,8 milhões de reais (3,84 milhões de dólares), foi assinada em dezembro de 2011 e, em março de 2012, os primeiros engenheiros do Exército norte-americano chegaram ao país fazendo pouco caso da legislação brasileira a respeito do exercício da profissão de engenheiro no pais, regulamentada pelo sistema CONFEA/CREA. No requerimento enviado a Dilma, a presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), afirma ver riscos de vazamento de informações estratégicas para o país, por entender que militares americanos poderão ter acesso dados secretos, como localização das riquezas minerais e reservas de urânio. Trata de uma tropa estrangeira em território nacional sem o consentimento do governo ou autorização do Congresso e, o mais preocupante, os militares norte-americanos poderão ter acesso a informações estratégicas sobre as riquezas minerais do país, disse Perpétua, presidente da Comissão de Defesa. Ela pede a que as Forças Armadas brasileiras e as universidades acompanhem o trabalho dos engenheiros norte-americanos, "de forma a resguardar e salvaguardar as informações de segurança nacional". “Além do requerimento enviado a Dilma, estou enviando também ofícios solicitando maiores informações aos ministérios de Relações Exteriores, Defesa e Integração sobre o caso, avisando da preocupação dos parlamentares com o fato. Quero saber por que eles não interferiram na questão", afirma Perpétua. "Se temos tropas brasileiras que podem fazer este projeto, por que contratar militares dos Estados Unidos?”, questiona ela. Procurada, a assessoria da Presidência respondeu que recebeu o ofício e que o caso será analisado e o questionamento repassado ao Ministério da Integração. O Ministério de Relações Exteriores confirmou que também recebeu o requerimento e que analisa a situação. O Ministério da Defesa disse que não recebeu o documento e o da Integração, não se posicionou. A missão dos engenheiros do Exército dos EUA no Brasil é apresentar projetos de dragagem, geotecnia e controle de erosão e estabilização das margens do São Francisco. O rio atravessa os estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e serve de divisa natural entre Sergipe e Alagoas até desaguar no Oceano Atlântico. Um projeto do Ministério da Integração busca transpor parte das águas do rio para aproveitá-lo também para irrigação no Ceará e Rio Grande do Norte, servindo de eixo de ligação do Sudeste e do Centro-Oeste com o Nordeste do país. Tropas estrangeiras no país A deputada Perpétua Almeida diz ter encontrado, o comandante do Exército, Enzo Martins Peri, que lhe afirmou que não tinha dados sobre a atuação dos militares norte-americanos no Brasil. "Ele falou que não sabe, não foi consultado, e que as únicas coisas que sabia, tinha lido na imprensa", afirma Perpétua. À Presidência, a parlamentar lembrou que o ingresso da força militar no país ocorreu "sem consentimento do governo federal ou autorização do Congresso" e que isso "não foi discutido com o Exército Brasileiro, apesar da excelência dos seus batalhões de Engenharia para prestar o mesmo tipo de trabalho". O texto da Comissão de Relações Exteriores e Defesa enviado a Dilma lembra ainda que "instituições militares, como o Instituto Militar de Engenharia (IME) e o Instituto de Pesquisas da Marinha, além de universidades federais, possuem profissionais aptos a elaborar os mesmos projetos e dar a consultoria necessária à Codevasf com economia de recursos e controle das informações estratégicas no Brasil, afastando eventuais riscos à Segurança Nacional". Exército sabia, diz Codevasf Em julho, o gerente de projetos da Codevasf, Roberto Strazer, disse, irônicamente, não ver riscos à segurança nacional em trabalhar com o Exército norte-americano, como se os interesses nacionais não tivessem importância alguma para a CODEVASF. O órgão informou que o Exército tinha conhecimento do acordo desde que as negociações começaram, em 2008, e que houve reuniões com a presença de representantes da Diretoria de Obras e Cooperação do Exército para tratar da questão. A Codevasf diz que, em dezembro de 2011, enviou um ofício ao general que comandava a diretoria comunicando do acordo com o Exército dos EUA. Em junho deste ano, um relatório das atividades foi enviado ao Estado-Maior Conjunto do Ministério da Defesa. Evidentemente temos que perguntar se este exército brasileiro está servindo ao Brasil ou a interesses estrangeiros. Por meio da assessoria de imprensa, o Exército confirmou que militares brasileiros já visitaram a sede do Usace, nos EUA, e que engenheiros militares brasileiros estão próximos à área onde os americanos estão trabalhando no São Francisco. Em junho, o Exército afirmou que não vislumbrava riscos no caso. A Força não confirmou o encontro do general Enzo com Perpétua. Nós temos que questionar este pretenso exército brasileiro para quem êles estão trabalhando que não protegem o solo brasileiro. Fonte: http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=1&id_noticia=196884 Rede Democrática e agências

sábado, 13 de outubro de 2012

"Vitória de Haddad anulará maior conspiração política desde 1964"

Quem tem olhos, cérebro e alma sabe que o julgamento do mensalão decorre de uma conspiração política que só encontra paralelo na história recente do Brasil na conspiração que levou ao golpe militar de 1964. Essa fina flor do reacionarismo de ultradireita que reúne imprensa, Judiciário e setores do Legislativo apostou tudo nesse processo. Por Eduardo Guimarães* As eleições municipais de 2012, no primeiro turno, frustraram à larga os anseios dos que apostaram no julgamento do mensalão para destruir politicamente o Partido dos Trabalhadores. E, apesar de toda a campanha massacrante que reuniu o maior aparato publicitário já formado em torno de um fato político, ela foi um fiasco. O PT cresceu fortemente nas eleições de 7 de outubro. E, como se não bastasse, tornou-se o partido mais votado do país, com mais de 17 milhões de votos para prefeito e vereador. Agora, no segundo turno, porém, o fracasso reacionário pode adquirir proporções dramáticas. Está para ocorrer a tomada do ultimo bastião da direita no Brasil, a cidadela do conservadorismo nacional, São Paulo, que está prestes a cair diante do força avassaladora de um projeto progressista que mudou o país para sempre. Confesso a você, leitor, que, no início, cheguei a duvidar das possibilidades de o novo “poste” de Lula obter êxito em uma cidade como São Paulo, cidade que tem o povo mais despolitizado de todo o país e que se deixa influenciar como nenhuma outra por panfletos de ultradireita como Veja, Folha de S. Paulo e Estadão, sem falar na Globo. Mais uma vez, o ex-presidente mostrou por que chegou aonde chegou na política tendo partido da miséria do sertão nordestino. Lula enxerga o jogo político lá longe, como se estivesse ao seu lado. Poucos acreditavam em sua visão de que Fernando Haddad é, basicamente, o que São Paulo quer. A direita midiática, com todos os seus recursos, com todos os seus institutos de pesquisa de opinião, com suas televisões, com seus jornais e com seus bilhões de dólares não foi capaz de perceber o esgotamento da paciência do paulistano com a embromação demotucana. Ou sequer a intensidade do sofrimento de São Paulo. As pesquisas mostram larga vantagem de Haddad sobre José Serra, o bibelô da ultradireita brasileira. E, obviamente, a máquina de difamação demotucano-midiática já começa a se levantar. Nesta sexta mesmo, o panfleto mais servil a Serra, a Folha de S. Paulo, ao lado da notícia sobre a disparada do petista na pesquisa Ibope já faz denúncia contra ele. Serra e a mídia ultraconservadora estarem acuados é sinônimo de qualquer coisa que se possa imaginar em termos de baixaria, de golpes eleitorais. As portas do inferno irão se abrir contra Haddad. Família, biografia, tudo será alvo da fúria nazista desse grupo político criminoso, golpista, imoral. Todavia, a vitória de Haddad tem chances muito boas de se materializar. Todos sabem que haverá uma campanha de desmoralização contra ele. Aliás, que maior campanha de desmoralização pode haver do que a farsa em curso no STF? Mas está funcionando? Não, claro que não. Dúzias de cientistas políticos dizem que não está funcionando. A vitória de Haddad, além de tudo, produzirá uma nova e poderosa liderança política. O professor com pinta de galã certamente tem uma promissora carreira política pela frente. Haddad tem cara de presidente da República ou não tem? Só não pode cair no erro de Serra e abandonar o mandato no meio, caso seja eleito prefeito neste ano. O xis da questão, porém, é que a eleição de Haddad como prefeito de São Paulo tornará negativo um efeito político zero que a direita midiática obteve com a farsa do julgamento do mensalão. Além de não conseguir nada a mais, essa direita ainda irá perder sua fortaleza política, São Paulo. Fracasso maior seria impossível. *Eduardo Guimarães é blogueiro e colaborador do Vermelho. Fonte: Blog da Cidadania

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Biografias dos candidatos á prefeitura de Belém do Pará

"Fala sério, gente, sem comparação- prestem atenção aos curriculos e realizações!"(Ninféia G) EDMILSON RODRIGUES: Edmilson Brito Rodrigues nasceu em 26 de maio de 1957 em Belém. Formado em arquitetura, Edmilson é professor licenciado da Universidade Federal Rural da Amazônia, com mestrado em Planejamento e Desenvolvimento pela UFPA e doutorado em Geografia pela USP. É solteiro e tem três filhos. Teve dois mandatos de deputado estadual, de 1987 a 1990 e de 1991 a 1994. Foi eleito prefeito de Belém por dois mandatos, de 1997 a 2000 e de 2001 a 2004. Na época, era filiado ao PT, e chegou a ser premiado pela ONU como “Prefeito Criança” por três vezes. Em 2005, Edmilson deixou o PT e se filiou ao PSOL. Em 2008, não disputou a prefeitura de Belém para concluir seu doutorado. Em 2010, foi eleito deputado estadual com mais de 85 mil votos. Sua gestão como prefeito foi marcada por importantes projetos para a cidade, o que rendeu a Edmilson inúmeros prêmios nacionais e internacionais. Entre o mais de 50 prêmios está o de Prefeito Criança por dois anos consecutivos, concedido pela ONU, pelo projeto Sementes do Amanhã que retirava as crianças da área de depósito de lixo dando apoio social, financeiro, educacional e profissional, para toda a família. Entre outros mais importantes projetos esteve a Escola Circo, Bolsa Família de um salário mínimo, Banco Municipal do Povo e Família Saudável. Entre as obras mais importantes está a macrodrenagem do Tucunduba, orla Ver-o-Rio e de Icoarací, reforma da Feira do Ver-o-Peso, Pronto-Socorro do Guamá, prolongamento da João Paulo II, asfaltamento da Augusto Montenegro e implantação de projeto cicloviário nas principais vias da cidade. Obras Publicadas: “Aventura Urbana: urbanização, trabalho e meio-ambiente”; “Os Desafios da Metrópole: reflexões sobre o desenvolvimento para Belém”, “Estado Nacional, Cidades e Desenvolvimento”; “Do Mito da Sustentabilidade Capitalista à Construção Social da Utopia”; e “La città, uma nuova cultura collaborativa, il potere populare”. Como co-autor, participou da elaboração dos livros “Tembé-Tenetehara: a nação resiste (Relatório final da Comissão Especial de Estudos sobre os índios Tembé Tenetehara da Reserva Indígena do Alto Rio Guamá no Pará)”; “Congresso da Cidade: construir o poder popular reinventando o futuro” (editado também em francês e italiano); “Luzes na floresta: o governo democrático popular em Belém (1997/2001)”; “Cooperação e relações internacionais”; “Reflexiones sobre la ciudad y su gestión”; “Instituições políticas no socialismo”; “Desafios do poder local: o modo petista de governar”; e “Reflexões sobre o PT e o poder local”. ZENALDO COUTINHO: Zenaldo Rodrigues Coutinho Júnior nasceu 4 de fevereiro de 1961 em Belém. Formado em direito, é casado e tem duas filhas. Foi eleito vereador de Belém pelo PDT de 1983 aos 21 anos, conseguindo a reeleição em 1988. Foi eleito deputado estadual duas vezes, atuando como presidente da Assembléia Legislativa em 1995. Em 1999, foi eleito deputado federal e chegou a ocupar o cargo de vice-presidente da Comissão de Constituição e Justiça. Zenaldo também atuou como chefe da Casa Civil e secretário especial de proteção e desenvolvimento social durante o mandato do governador Simão Jatene. Em 2011, Zenaldo deixou a secretaria para atuar na frente parlamentar contra a criação do estado de Carajás durante o plebiscito que consultou a população do Pará sobre a possibilidade da divisão do estado. Condecorações: Medalhas: do Mérito, Prefeitura Municipal, Belém, PA, 1992; do Mérito Tiradentes, PM, PA, 1993; Rui Barbosa, Tribunal de Contas, Belém, PA, 1993; Tiradentes, Brasília, DF, 2002. Ordens: do Mérito, Governo do Estado do Pará, 1992; do Mérito, ALPA, 1992. Obras Publicadas: Salve a Mãe de Deus, 2005; Campanha da Fraternidade, 2007; Desafios do Governo, 2007; Viva Nossa Senhora de Nazaré, 2007. Artigos publicados no Jornal Liberal: Projeto da Super Zona Franca, 23/1/2005; Governo do Brasil, 19/6/2005; Brasil Paralisado, 25/9/2005; O Cidadão Brasileiro e o Referendo, 16/10/2005. Fontes: http://g1.globo.com/pa/para/eleicoes/2012/noticia/2012/10/belem-tera-segundo-turno-entre-edmilson-e-zenaldo.html http://www2.camara.gov.br/deputados/pesquisa/layouts_deputados_biografia?pk=74354; http://www.blogger.com/profile-find.g?t=i&q=tamb%C3%A9m+para+dois+mandatos+(1997-2000+e+20012004).+Em+setembro+de+2005+me+desfilou+do+PT+e+ingressou+no+PSOL.%0D%0A%0D%0A%C3%89+autor+dos+livros+%E2%80%9CAventura+Urbana:+urbaniza%C3%A7%C3%A3o; http://pt.wikipedia.org/wiki/Edmilson_Rodrigues

A reeleição de Chavez foi uma vitória continental

"Em um país onde o voto não é obrigatório e mais de 80 por cento dos eleitores comparece ás urnas, isso é ou não é o exercício livre e consciente de seus direitos democráticos?"(Ninféia G) ********************************************************************************* A reeleição de Chavez foi uma vitória continental POR - EDITORES DE ODIARIO.INFO Nota dos Editores O povo da Venezuela reelegeu ontem Hugo Chávez. O resultado - uma confortável vitória por 10 pontos de vantagem - desmentiu as sondagens divulgadas nos EUA e na Europa, que previam um empate técnico. A campanha eleitoral transcorreu numa atmosfera de permanente tensão, no quadro de uma luta de classes como a América não conhecia desde o Chile da Unidade Popular. O Plano B - elaborado pela CIA com aprovação do Departamento de Estado - previa que Capriles, o candidato da direita, se proclamasse vencedor no final do dia se os primeiros resultados divulgados revelassem equilíbrio. O objetivo era desencadear imediatamente ações de violência para destabilizar o país com a ajuda de paramilitares colombianos. Os EUA investiram, indiretamente, centenas de milhões de dólares na campanha anti-Chávez. O governo de Obama, no âmbito da sua estratégia imperial, havia semeado bases militares na América do Sul - Colômbia (8), Paraguai, Curaçau - e enviou para a Região a IV Esquadra. A campanha de desinformação foi minuciosamente montada. Com poucas exceções, as centenas de jornalistas norte-americanos e europeus que cobriram a eleição qualificaram as três presidências de Chávez como uma soma de fracassos que conduziram o país à beira do caos e também do comunismo. De Capriles Radonski, o candidato da oposição unificada, um multimilionário filho de um emigrante judeu polaco, a mídia ocidental e a venezuelana (sob controle hegemônico da direita) apresentava o perfil de um social-democrata. Ele afirmava aliás ser admirador de Lula e Dilma Rousseff. Fabricaram um líder inexistente. O ex governador do Estado de Zulia esteve envolvido no golpe de estado de 2002, participou então pessoalmente do ataque à embaixada de Cuba e desempenhou um papel de relevo no lock-out petrolífero assim como em conspirações posteriores. A participação massiva do povo venezuelano - abstenção inferior a 20% - inviabilizou os planos da direita local e do imperialismo. E Capriles foi obrigado a admitir a sua derrota. Chávez, no agradecimento ao seu povo, foi sóbrio: definiu a Venezuela «como uma das melhores democracias do mundo». A Caracas chovem agora felicitações e palavras de estímulo. A primeira chegou da Argentina: Cristina Fernandez saudou a reeleição de Chávez como «vitória nossa, a vitória da América do Sul e das Caraíbas». A euforia que varre agora o país e os povos latino-americanos implica grandes responsabilidades para a Venezuela Bolivariana. Chávez não ignora os enormes desafios que o esperam. O processo revolucionário tem dependido excessivamente da sua liderança. A sua saúde inspira preocupações. No Partido Socialista Unificado da Venezuela (PSUV) coexistem tendências contraditórias. Embora minoritária, a corrente que defende reformas compatíveis com o capitalismo tudo faz para levantar obstáculos a medidas revolucionárias que abram caminho ao socialismo. O próprio discurso sobre o «socialismo do século XXI» é uma fonte de situações equívocas. O imperialismo continua empenhado em destruir a revolução bolivariana. Mas a reeleição de Chavez teve para Washington o significado de uma grande derrota estratégica. É compreensível o júbilo em todo o mundo das forças progressistas. Fonte: http://www.odiario.info/?p=2638

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

A espetacularização e a ideologização do Judiciário

Por Leonardo Boff É com muita tristeza que escrevo este artigo no final da tarde desta quarta-feira, após acompanhar as falas dos ministros do Superemo Tribunal Federal. Para não me aborrecer com e-mails rancorosos vou logo dizendo que não estou defendendo a corrupção de políticos do PT e da base aliada, objeto da Ação Penal 470 sob julgamento no STF. Se malfeitos foram comprovados, eles merecem as penas cominadas pelo Código Penal. O rigor da lei se aplica a todos. Outra coisa, entretanto, é a espetacularização do julgamento transmitido pela TV. Ai é ineludível a feira das vaidades e o vezo ideológico que perpassa a maioria dos discursos. Desde A Ideologia Alemã, de Marx/Engels (1846), até o Conhecimento e Interesse, de J. Habermas (1968 e 1973), sabemos que por detrás de todo conhecimento e de toda prática humana age uma ideologia latente. Resumidamente, podemos dizer que a ideologia é o discurso do interesse. E todo conhecimento, mesmo o que pretende ser o mais objetivo possível, vem impregnado de interesses. Pois, assim é a condição humana. A cabeça pensa a partir de onde os pés pisam. E todo o ponto de vista é a vista de um ponto. Isso é inescapável. Cabe analisar política e eticamente o tipo de interesse, a quem beneficia e a que grupos serve e que projeto de Brasil tem em mente. Como entra o povo nisso tudo? Ele continua invisível e até desprezível? A ideologia pertence ao mundo do escondido e do implícito. Mas há vários métodos que foram desenvolvidos, coisa que exercitei anos a fio com meus alunos de epistemologia em Petrópolis, para desmascarar a ideologia. O mais simples e direto é observar a adjetivação ou a qualificação que se aplica aos conceitos básicos do discurso, especialmente, das condenações. Em alguns discursos, como os do ministro Celso de Mello, o ideológico é gritante, até no tom da voz utilizada. Cito apenas algumas qualificações ouvidas no plenário: o mensalão seria “um projeto ideológico-partidário de inspiração patrimonialista”, um “assalto criminoso à administração pública”, “uma quadrilha de ladrões de beira de estrada” e um “bando criminoso”. Tem-se a impressão de que as lideranças do PT e até ministros não faziam outra coisa que arquitetar roubos e aliciamento de deputados, em vez de se ocuparem com os problemas de um país tão complexo como o Brasil. Qual o interesse, escondido por detrás de doutas argumentações jurídicas? Como já foi apontado por analistas renomados do calibre de Wanderley Guilherme dos Santos, revela-se aí certo preconceito contra políticos vindos do campo popular. Mais ainda: visa-se a aniquilar toda a possível credibilidade do PT, como partido que vem de fora da tradição elitista de nossa política; procura-se indiretamente atingir seu líder carismático maior, Lula, sobrevivente da grande tribulação do povo brasileiro e o primeiro presidente operário, com uma inteligência assombrosa e habilidade política inegável. A ideologia que perpassa os principais pronunciamentos dos ministros do STF parece eco da voz de outros, da grande imprensa empresarial que nunca aceitou que Lula chegasse ao Planalto. Seu destino e condenação é a Planície. No Planalto poderia penetrar como faxineiro e limpador dos banheiros. Mas nunca como presidente. Ouvem-se no plenário ecos vindos da Casa Grande, que gostaria de manter a Senzala sempre submissa e silenciosa. Dificilmente, se tolera que através do PT os lascados e invisíveis começaram a discutir política e a sonhar com a reinvenção de um Brasil diferente. Tolera-se um pobre ignorante e mantido politicamente na ignorância. Tem-se verdadeiro pavor de um pobre que pensa e que fala. Pois, Lula e outros líderes populares ou convertidos à causa popular como João Pedro Stedile, começaram a falar e a implementar políticas sociais que permitiram uma Argentina inteira ser inserida na sociedade dos cidadãos. Essa causa não pode estar sob juízo. Ela representa o sonho maior dos que foram sempre destituídos. A Justiça precisa tomar a sério esse anseio a preço de se desmoralizar, consagrando um status quo que nos faz passar internacionalmente vergonha. Justiça é sempre a justa medida, o equilíbrio entre o mais e o menos, a virtude que perpassa todas as virtudes (“a luminossísima estrela matutina” de Aristóteles). Estimo que o STF não conseguiu manter a justa medida. Ele deve honrar essa justiça-mor que encerra todas as virtudes da polis, da sociedade organizada. Então, sim, se fará justiça neste país. Leonardo Boff é teólogo e escritor. http://www.cartamaior.com.br/templates/colunaMostrar.cfm?coluna_id=5801
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