terça-feira, 28 de setembro de 2010

Independent: Dilma será mulher mais poderosa do mundo

Por http://www.independent.co.uk/

Reportagem do jornal britânico The Independent sobre a eleição presidencial no Brasil diz que a candidata do PT, Dilma Rousseff, se prepara para ser "a mulher mais poderosa do mundo". Para o jornal, "sua amplamente prevista vitória na eleição presidencial do próximo domingo será saudada com alegria por milhões".

De acordo com o Independent, Dilma "marca o desmantelamento final do 'Estado de segurança nacional', um arranjo que os governos conservadores nos Estados Unidos e na Europa já viram como seu melhor artifício para manter um status quo podre, que manteve uma vasta maioria na América Latina na pobreza, enquanto favorecia seus amigos ricos".

O jornal explica que a petista será "a mulher mais poderosa do mundo" porque, como chefe de Estado, ela terá um cargo superior ao da chanceler alemã, Angela Merkel, e ao da secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton. Além disso, "seu enorme país de 200 milhões de pessoas está festejando sua nova riqueza em petróleo".

"A taxa de crescimento do Brasil, que rivaliza com a da China, é uma que a Europa e Washington só podem invejar", diz a reportagem, que inclui um perfil biográfico da candidata à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva





http://br.eleicoes.yahoo.net/noticias/2806/independent-dilma-sera-mulher-mais-poderosa-do-mundo

P.s- É isso aí, se não podemos ter o MELHOR que pelo menos fique o MENOS PIOR!(Ninféia G)

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Reflexões sobre o golpismo e a hidra.

Por Celso Lungaretti.

Para que não pairem dúvidas, esclareço: meus alertas sobre a montagem de cenário para nova quartelada apenas colocam em evidência uma das tendências do quadro político atual -- e que não é a dominante neste momento.

Percebe-se claramente que a extrema-direita não acredita mais em reação dos seus candidatos na eleição presidencial do mês que vem. Dá a derrota como inevitável e já trabalha para uma virada de mesa.

Alguns textos publicados na imprensa também são, nitidamente, direcionados para o que virá depois da eleição de Dilma Rousseff. Caso do famoso editorial no qual a Folha de S. Paulo exortou a que se dê paradeiro no lulismo.

Entretanto, vale repetir mais uma vez, tudo isso só se tornará ameaça real se os eternos conspiradores conseguirem convencer os realmente poderosos de que poderão perder seus privilégios.

Sem o apoio do grande capital e dos EUA não se derruba governo no Brasil.

Quanto à caserna, também não mostra entusiasmo por aventuras que terminaram muito mal no passado, quando o poder usurpado teve de ser devolvido sob a vara da execração popular.

O passado nos ensina que os fardados são sempre a última e decisiva peça a ser colocada no quebra-cabeças golpista. Nada existe a temermos, por enquanto.

A faina manipulatória da grande imprensa serve tanto para ajudar os demotucanos a tentarem ainda virar a disputa eleitoral, como para enfraquecer previamente o governo de Dilma Rousseff e também para lastrear recaídas totalitárias. É de espectro amplo.

Da mesma forma, por trás do tal "Manifesto em Defesa da Democracia" estão tanto as figurinhas carimbadas da direita troglodita (Reinaldo Azevedo à frente), como os serristas.

Assim, o secretário de Relações Institucionais do governo paulista, Almino Affonso, está convocando um ato para a próxima 4ª feira (29), na Praça da República (capital paulista), de repúdio às declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a imprensa e de apoio ao candidato demotucano.

Candidamente, admitiu:

"[o manifesto dos notáveis] não faz referência a Serra, mas reforça sua candidatura. Vamos dar continuidade, com outra cara".

Aliás, a mesma duplicidade se verificava no Cansei!: havia também os legalistas, claro, mas a rede virtual neofascista apoiou em peso o movimento, na esperança de que se tornasse uma nova Marcha da Família, com Deus, pela Liberdade.

A burguesia, como a hidra, tem muitas cabeças.

A pior delas, com certeza, vai se tornar bem visível após a proclamação do resultado das urnas.

Os reacionários mais empedernidos não deixarão de tentar qualquer coisa, face à perspectiva de outros oito anos de lulismo no poder (os quatro de Dilma, seguidos da volta de Lula em 2014). E o mais provável é que fracassem de novo.

Trata-se de algo que não nos deve assustar nem deter, mas contra o qual precisamos nos precaver, para não sermos apanhados de pijama, como fomos em 1964 ou como Zelaya foi no ano passado.

Celso Lungaretti é Jornalista e escritor. http://naufrago-da-utopia.blogspot.com

A mídia comercial em guerra contra Lula e Dilma

Por Leonardo Boff

Sou profundamente pela liberdade de expressão em nome da qual fui punido com o “silêncio obsequioso”pelas autoridades do Vaticano. Sob risco de ser preso e torturado, ajudei a editora Vozes a publicar corajosamente o “Brasil Nunca Mais” onde se denunciavam as torturas, usando exclusivamente fontes militares, o que acelerou a queda do regime autoritário.

Esta história de vida, me avaliza para fazer as críticas que ora faço ao atual enfrentamento entre o Presidente Lula e a midia comercial que reclama ser tolhida em sua liberdade. O que está ocorrendo já não é um enfrentamento de idéias e de interpretações e o uso legítimo da liberdade da imprensa. Está havendo um abuso da liberdade de imprensa que, na previsão de uma derrota eleitoral, decidiu mover uma guerra acirrada contra o Presidente Lula e a candidata Dilma Rousseff. Nessa guerra vale tudo: o factóide, a ocultação de fatos, a distorção e a mentira direta.

Precisamos dar o nome a esta mídia comercial. São famílias que, quando vêem seus interesses comerciais e ideológicos contrariados, se comportam como “famiglia” mafiosa. São donos privados que pretendem falar para todo Brasil e manter sob tutela a assim chamada opinião pública. São os donos do Estado de São Paulo, da Folha de São Paulo, de O Globo, da revista Veja na qual se instalou a razão cínica e o que há de mais falso e chulo da imprensa brasileira. Estes estão a serviço de um bloco histórico, assentado sobre o capital que sempre explorou o povo e que não aceita um Presidente que vem deste povo. Mais que informar e fornecer material para a discussão pública, pois essa é a missão da imprensa, esta mídia empresarial se comporta como um feroz partido de oposição.

Na sua fúria, quais desesperados e inapelavelmente derrotados, seus donos, editorialistas e analistas não têm o mínimo respeito devido à mais alta autoridade do pais, ao Presidente Lula. Nele vêem apenas um peão a ser tratado com o chicote da palavra que humilha.

Mas há um fato que eles não conseguem digerir em seu estômago elitista. Custa-lhes aceitar que um operário, nordestino, sobrevivente da grande tribulação dos filhos da pobreza, chegasse a ser Presidente. Este lugar, a Presidência, assim pensam, cabe a eles, os ilustrados, os articulados com o mundo, embora não consigam se livrar do complexo de vira-latas, pois se sentem meramente menores e associados ao grande jogo mundial. Para eles, o lugar do peão é na fábrica produzindo.

Como o mostrou o grande historiador José Honório Rodrigues (Conciliação e Reforma) “a maioria dominante, conservadora ou liberal, foi sempre alienada, antiprogresssita, antinacional e nãocontemporânea. A liderança nunca se reconciliou com o povo. Nunca viu nele uma criatura de Deus, nunca o reconheceu, pois gostaria que ele fosse o que não é. Nunca viu suas virtudes nem admirou seus serviços ao país, chamou-o de tudo, Jeca Tatu, negou seus direitos, arrasou sua vida e logo que o viu crescer ela lhe negou, pouco a pouco, sua aprovação, conspirou para colocá-lo de novo na periferia, no lugar que contiua achando que lhe pertence (p.16)”.

Pois esse é o sentido da guerra que movem contra Lula. É uma guerra contra os pobres que estão se libertando. Eles não temem o pobre submisso. Eles tem pavor do pobre que pensa, que fala, que progride e que faz uma trajetória ascendente como Lula. Trata-se, como se depreende, de uma questão de classe. Os de baixo devem ficar em baixo. Ocorre que alguém de baixo chegou lá em cima. Tornou-se o Presidene de todos os brasileiros. Isso para eles é simplesmente intolerável.

Os donos e seus aliados ideológicos perderam o pulso da história. Não se deram conta de que o Brasil mudou. Surgiram redes de movimentos sociais organizados de onde vem Lula e tantas outras lideranças. Não há mais lugar para coroneis e de “fazedores de cabeça” do povo. Quando Lula afirmou que “a opinião pública somos nós”, frase tão distorcida por essa midia raivosa, quis enfatizar que o povo organizado e consciente arrebatou a pretensão da midia comercial de ser a formadora e a porta-voz exclusiva da opinião pública. Ela tem que renunciar à ditadura da palabra escrita, falada e televisionada e disputar com outras fontes de informação e de opinião.

O povo cansado de ser governado pelas classes dominantes resolveu votar em si mesmo. Votou em Lula como o seu representante. Uma vez no Governo, operou uma revolução conceptual, inaceitável para elas. O Estado não se fez inimigo do povo, mas o indutor de mudanças profundas que beneficiaram mais de 30 milhões de brasileiros. De miseráveis se fizeram pobres laboriosos, de pobres laboriosos se fizeram classe média baixa e de classe média baixa de fizeram classe média. Começaram a comer, a ter luz em casa, a poder mandar seus filhos para a escola, a ganhar mais salário, em fim, a melhorar de vida.

Outro conceito inovador foi o desenvolvimento com inclusão soicial e distribuição de renda. Antes havia apenas desenvolvimento/crescimento que beneficiava aos já beneficiados à custa das massas destituidas e com salários de fome. Agora ocorreu visível mobilização de classes, gerando satisfação das grandes maiorias e a esperança que tudo ainda pode ficar melhor. Concedemos que no Governo atual há um déficit de consciência e de práticas ecológicas. Mas importa reconhecer que Lula foi fiel à sua promessa de fazer amplas políticas públicas na direção dos mais marginalizados.

O que a grande maioria almeja é manter a continuidade deste processo de melhora e de mudança. Ora, esta continuidade é perigosa para a mídia comercial que assiste, assustada, o fortalecimento da soberania popular que se torna crítica, não mais manipulável e com vontade de ser ator dessa nova história democrática do Brasil. Vai ser uma democracia cada vez mais participativa e não apenas delegatícia. Esta abria amplo espaço à corrupção das elites e dava preponderância aos interesses das classes opulentas e ao seu braço ideológico que é a mídia comercial. A democracia participativa escuta os movimentos sociais, faz do Movimento dos Sem Terra (MST), odiado especialmente pela VEJA faz questão de não ver, protagonista de mudanças sociais não somente com referência à terra mas também ao modelo econômico e às formas cooperativas de produção.

O que está em jogo neste enfrentamento entre a midia comercial e Lula/Dilma é a questão: que Brasil queremos? Aquele injusto, neocoloncial, neoglobalizado e no fundo, retrógrado e velhista ou o Brasil novo com sujeitos históricos novos, antes sempre mantidos à margem e agora despontando com energias novas para construir um Brasil que ainda nunca tínhamos visto antes.

Esse Brasil é combatido na pessoa do Presidente Lula e da candidata Dilma. Mas estes representam o que deve ser. E o que deve ser tem força. Irão triunfar a despeito das má vontade deste setor endurecido da midia comercial e empresarial. A vitória de Dilma dará solidez a este caminho novo ansiado e construido com suor e sangue por tantas gerações de brasileiros.

Leonardo Boff é Teólogo, filósofo, escritor e representante da Iniciativa Internacional da Carta da Terra.

domingo, 12 de setembro de 2010

Stedile, do MST, recomenda voto em Dilma

Por Roldão Arruda -repórter do jornal O Estado de S. Paulo

São Paulo - Em entrevista ao jornal Brasil de Fato, ligado aos movimentos sociais, o principal líder do Movimento dos Sem Terras (MST), João Pedro Stedile, declara que a candidatura de José Serra(PSDB) representa "o núcleo central dos interesses da burguesia e a volta do neoliberalismo".

Para Stedile, o tucano está a serviço dos "interesses da burguesia internacional, da burguesia financeira, dos industriais de São Paulo, do latifúndio atrasado". Frente a esse cenário, ele defende que, "como militantes sociais, e como movimentos sociais, temos a obrigação política de derrotar a candidatura Serra".

Dilma Rousseff (PT), segundo o líder do MST, representa "setores da burguesia brasileira que resolveram se aliar a Lula, setores mais arejados do agronegócio, a classe média mais consciente, e praticamente todas as forças da classe trabalhadora organizada".

Diante disso, ele recomenda: "Achamos que a vitória da Dilma permitirá um cenário e correlação de forças mais favoráveis a avançarmos em conquistas sociais, inclusive em mudanças na política agrícola e agrária". "E evidentemente que nesse cenário incluímos a possibilidade de um ambiente propício para maior mobilização social da classe trabalhadora como um todo, para a obtenção de conquistas", acrescentou.

Durante a entrevista, Stedile também comentou os ataques de Serra ao MST: "Na minha avaliação, a coordenação tucana acha que a única chance do Serra crescer eleitoralmente é adotar um discurso de direita, para polarizar e, então, se mostrar mais de confiança do que a Dilma".

Na avaliação do líder sem-terra, por esse motivo que Serra "adotou todos os ícones da esquerda para bater". "Bate em nós, em Fidel, em Cuba, Chávez, Evo Morales, até no bispo Lugo ele bateu", analisa. "Achou uma conexão das Farc com o PT absurda, ele sabe que o partido está mais próximo da social-democracia, não é por ignorância, é por tática eleitoral".




O original está em:
http://www.abril.com.br/noticias/brasil/stedile-mst-recomenda-voto-dilma-1221622.shtml

Stedile é Lider do MST, tem uma coluna na Revista Caros Amigos e é um ser iluminado.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Sobre costumes, cultura e soberania.

Por Ninféia G

O que um ser humano transtornado por desejos pessoais de vingança faria é um assunto.

O que o Estado lúcido e ponderado, na figura de seus magistrados deve fazer , é outro assunto.

Cada país tem suas próprias leis, seu próprio sistema jurídico, para exercer essa lucidez e ponderação, portanto, seu próprio sistema de caracterizar os crimes, de determinar quais os que são passíveis de punição com pena de morte.

Não são todos os países do mundo que adotam a pena de morte como forma de punição.O Brasil está entre aqueles que não a adotam, felizmente.E aí reside um pequeno indício de nosso desenvolvimento humano.

Atualmente está muito em foco o caso da mulher que foi condenada no Irã a morrer por apedrejamento por crime de adultério e assassinato.

Pessoalmente, acho um absurdo alguém ser condenado à morte por qualquer tipo de crime, mas não é esse o ponto que quero comentar.

Os países ditos civilizados do Ocidente (porque o Ocidente meteu na cabeça, não sei se por influencia de alguma país de mais porte do próprio Ocidente ou por livre e espontânea vontade ) que ele, o Ocidente, é o mundo civilizado e que o outro mundo, o Oriente, não é, justamente por causa de suas culturas que o Ocidente abomina e tenta de todo jeito menosprezar e até destruir, quando tem esse poder.


Como é que um país que tem várias formas legais de punição por pena de morte, como os EEUU, por exemplo, ou seja, injeção letal, câmara de gás, pode ter moral para movimentar campanha contra outro país, no caso, o Irã, por ter o apedrejamento como modalidade legal de pena de morte ?

Além do mais, impressionantemente,faz parte da campanha divulgar que a mulher condenada alega inocência, mas assim mesmo foi julgada e condenada pelo sistema judiciário de seu país.

Aqui no Brasil, por exemplo, os Nardoni alegaram inocência todo tempo, mas mesmo assim foram condenados por indícios ,em júri popular, e a opinião publica não admite que pudesse ter sido diferente.E aí? Somos maus ,também, como o são os iranianos?

No Irã, aconteceu a mesma coisa: a mulher foi condenada, alega inocência, mas os indícios levaram um júri a decidir que era culpada.

Então, é tudo uma questão de legislação de cada país, de soberania.

Dessa forma, por que não fazer uma campanha para que seja abolida no mundo inteiro, em todos os países que tenham pena de morte, essa forma de punição?

O motivo pelo qual o Irã, especificamente, está sendo alvo dessa campanha contra a sua soberania, não é difícil de ser conhecido por mentes esclarecidas, mas não é o tema desse artigo.

Segundo SEHRIF ABDEL AZIM, um ativista mulçumano, Engenheiro Elétrico e escritor, em seu livro A MULHER NO ISLÃ, que recebi de presente no Stand Islâmico na Bienal do livro em São Paulo,” acredita-se, no Ocidente, que o Islã é o símbolo por excelência da subordinação das mulheres. A fim de compreendermos como está enraizada tal crença, basta mencionar que o ministério da Educação da França, a terra de Voltaire, recentemente ordenou a expulsão das escolas francesas, de todas as jovens mulçumanas que vestissem o *Hijab! Na França, é negado a uma jovem mulçumana, que usa um lenço, o direito à educação, enquanto que estudantes católicos podem usar uma cruz ou um estudante judeu pode usar um solidéu.”

Os EEUU mata, saqueia, invade o país dos outros, promove desordem, mata civis sem conta, foi autor daquelas barbaridades que o mundo todo conheceu nas prisões do Iraque, mantém prisioneiros em condições bárbaras em Guantánamo e onde está a campanha contra esse país que só faz destruir? Contra esse país que detém armamento nuclear para poder meter medo no mundo, ninguém diz que eles não podem ter armas nucleares?Ninguém vai atrás de alguma característica cultural desse país a fim de colocar o mundo contra ele porque ele ousou ter seu programa nuclear, da mesma forma como ele está orientando o mundo a fazer contra o Irã?Porque o problema não é a condenção a morte da mulher mas ,sim, o programa nuclear do Irã, quem não vê essa verdade,apenas enxerga, não usa a mente para refletir.

O que eu penso é que estamos equivocados em nossas campanhas,! O apedrejamento , assim como qualquer outra forma de pena de morte,não é certo em sociedades ditas civilizadas até porque é o Estado fazendo a mesma coisa que o criminoso fez, só que amparado por lei.

Deveríamos ,sim, fazer campanhas para que criminosos condenados sejam reeducados em programas criados para isso, pelo proprio Estado, para poder ser útil à sociedade em um futuro próximo ,quando uma avaliação séria, em país sério, de sistema de governo sério, assim entender. E, enquanto presos, devem trabalhar para sustentar suas famílias que lá fora ficaram, sem suporte por conta de suas atitudes inconseqüentes e assim, não onerar o Estado. E quem não tem profissão, deve aprender.

É assim que se pune: reeducando e não matando ou trancafiando em uma prisão por 30 anos, jogando famílias na marginalidade, conduzindo crianças e jovens, também, ao crime, para sobreviver.

Encerro meu texto com alguns trechos do livro A MULHER NO ISLÃ, de Sherif Abdesl Azim- “ Ninguém pode ser mulçumano sem acreditar em Moisés ou Jesus como grandes profetas de Deus”

“Muitas pessoas confundem cultura com religião, e outras não sabem o que os seus livros religiosos dizem, e outras ainda, nem sequer se preocupam com isso.”

Ninfeia G é Assistente Social e Poetisa de Belém do pará.

Nota(1):

*Considerado pelo Ocidente como o maior símbolo de opressão e servidão da mulher, o véu, ou a cabeça coberta.Entretanto,no Brasil, a novela O Clone, da Rede Globo, fez o maior sucesso e era mais quem elogiava os véus caros usados pelas mulçumanas. Nesse ponto, tenho que usar uma expressão muito minha: “ Me poupem”(Ninféia G)



Nota (2):

Dr. Sherif Abdel Azeem é um ativista muçulmano Tem doutorado em Engenharia Elétrica da Universidade Queen (Kingston, Ontário, Canadá) é membro do departamento de Engenharia Elétrica na Universidade do Cairo. É autor de vários artigos sobre o Islã e questões contemporâneas islâmicas, Memorizou todo o Alcorão e é presidente da Resala,uma organização sem fins lucrativos com sede no Egito além de ser Professor na Faculdade de Engenharia da Universidade do Cairo. Ele também dá palestras na AUC (American University no Cairo).

domingo, 5 de setembro de 2010

Milícia Armada de ex-Deputado Federal assassina militante do MST no Pará

Ação de Milícia armada dofazendeiro e ex-Deputado Federal Josué Bengstson (PTB) que renunciou ao mandatopara fugir da cassação por envolvimento na Máfia das Sanguessugas resultaram namorte do trabalhador rural e militante do MST José Valmeristo Soares conhecidocomo Caribé. Por volta de 09:00h da manhã dois trabalhadores rurais JoãoBatista Galdino de Souza e José Valmeristo o Caribé se dirigiam a cidade deSanta Luzia do Pará quando foram abordados por um grupo de três pistoleiroarmados no ramal do Pitoró que osobrigaram a entrar em um carro onde foram espancados e torturados. Após seçãode torturas foram obrigados a descer no Ramal do Cacual próximo à cidade deBragança com a promessa de que iriam acertar as contas. João Batista Galdinoconseguiu escapar para a mata e ouviu sete disparos.

Chegando à cidade de Santa LuziaJoão Batista denunciou à polícia que afirmou não poder ir por ser noite edificilmente achariam o corpo. A Direção do MST denunciou à Secretaria deSegurança Pública do Pará através de Eduardo Ciso que afirmou mandar um grupode policiais ao local e que conversaria com o Delegado do Interior para tomarprovidências. Nada foi feito e por volta de 10:00h da manhã de hoje(04/09/2010) os trabalhadores rurais encontraram o corpo de José ValmeristoSoares.

Os trabalhadores Rurais Sem Terraestão acampados às proximidades da Fazenda Cambará e a reivindicam para criarum assentamento de reforma agrária. A Fazenda Cambará faz parte de uma glebafederal chamada Pau de remo e possui 6.886 há de terras públicas.

O fazendeiroe ex-deputado Federal Josué Bengstson possui somente 1.800 há com títulos e aPromotora de Justiça Ana Maria Magalhães já denunciou varias vezes que se tratade terras públicas. Os trabalhadores já haviam denunciado na ouvidoria agráriado INCRA, Ouvidoria Agrária Nacional do MDA, Delegacia Regional do MDA,Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Pará e Secretaria deSegurança Pública do Pará as várias ameaças de morte sofridas pelos jagunço epela própria polícia de Santa Luzia e Capitão Poço sem que nenhuma providênciatenha sido tomada.

Denunciamos ao conjunto dasociedade brasileira mais esse vergonhoso ato de omissão e conluio da Políciado Pará com os fazendeiros do Estado, bem como a incompetência da Secretaria deSegurança Pública do Pará e do Governo do Estado em resolver as gravesviolações dos direitos humanos no campo que fazem o Estado do Pará atingir otriste posto de campeão nacional de violência no campo. Denunciamos também ainoperância do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária [WINDOWS-1252?]– INCRA, bemcomo o Programa Terra Legal do Governo Federal que não tem resolvido osproblemas fundiários mesmo aqueles que chegam ao conhecimento público.

Exigimos a prisão imediata dospistoleiros que assassinaram o trabalhador José Valmeristo Soares, bem como dosmandantes Josué Bengstson e seu Filho Marcos Bengstson.

Exigimos também a desapropriaçãoimediata da fazenda Cambará para o assentamento imediato das famílias acampadasno acampamento Quintino Lira.


Belém, 04 de setembro de 2010



Direção Estadual do MST – Pará
Reforma Agrária. Por justiça social esoberania popular!
Um outro mundo é possível. Um outro Brasil é necessário!

Como acreditar no que não se entende?

Por Ninféia G

Eva respondeu à serpente:Deus nos disse, " Do fruto das árvores do jardim,não comais da árvore proibida, a do conhecimento do bem e do mal, do contrário, morrereis" e a serpente replicou à mulher: ' De modo algum morrereis.É que Deus sabe que no dia em que dele comerdes, vossos olhos se abrirão e sereis como deuses, conhecedores do bem e do mal."


Entendemos Deus? E se não o entendemos, como, então, acreditamos nele?

Alguns pontos das narrações bíblicas, chegam a deixar “furos” que me deixam pasma e me induzem a não acreditar que tenha acontecido assim uma vez que sempre acreditei que Deus era uma força de bondade e justiça.

Saramago, em seu livro CAIM, nos conduz a um passeio esclarecedor pelos fatos bíblicos.E a partir das reflexões do genial escritor português, penso que realmente fica difícil entender o Senhor.

Escrevo, aqui, sobre algumas dessas reflexões feitas pelo autor, em torno dos fatos bíblicos

1-Não permitiu a Adão e Eva ficarem no Jardim do Éden (não teria sido melhor? Afinal, depois que eles saíram de lá, começou toda sorte de infelicidades! Eles pecaram contra a lei de Deus e então foram punidos com a expulsão e assim, toda a humanidade que eles geraram, nasceu com as seqüelas de seu pecado. E ainda foi lhes rogada a famosa (“praga” ou “benção “?):”Crescei e Multiplicai-vos!”

2-Preferia Abel a Caim,embora ambos produzissem igual, levando a um conflito entre os irmãos que teve as conseqüências que já conhecemos.

3-Os seres humanos construíram um edifício (proeza incrível naquela época) demonstrando assim o quanto eram capazes e apenas porque demonstraram conhecimentos maiores do que o Senhor os permitia ter, Ele apenas soprou e a torre caiu como papel (Outros “senhores”, inclusive, continuam a ter essas atitudes.)

4-Ao invés de distribuir as terras entre todos os povos entregou-as a um único povo e ainda lhe disse que deveria destruir quem se interpusesse a essa sua decisão.
E para entregar nessas terras, precisou induzir um homem bom a sacrificar seu filho (Segundo Saramago, Isaac foi salvo –“na hora agá”- por Caim, que chegou na hora exata em que Abraão ia matá-lo, pois escutou a súplicas da criança.)

5- Em Sodoma, massacrou toda uma população, inclusive crianças e velhos.

6- No pé do Monte Sinai, apenas porque fizeram um bezerro de ouro para competir com Ele, resolveu que todos, sem distinção morreriam. ( Com exceção do grupo de Moisés). Será que o Senhor tinha tão pouca segurança em seus ensinamentos que acreditava que um bezerro de ouro iria lhe fazer frente?


Assim, fica realmente difícil entender Deus.



TEXTO BASEADO NO LIVRO - CAIM, DE JOSÉ SARAMAGO, ESCRITOR PORTUGUÊS FALECIDO RECENTEMENTE.
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