Por : Pettersen Filho
Celebrando a 66ª Instalação da Assembléia Geral da ONU, nos EUA, desde a sua Criação, em 1945, no final da Segunda Guerra Mundial, justamente, com fito de manter a Paz no Mundo, a quem cabe, exatamente ao Brasil a Honraria do Discurso de Abertura, desta feita, realizado de “Saias” pela President”a” Dilma Roussef, tal fato, o de ser a Primeira Mulher a discursar na Abertura daquele evento, no entanto, questão mais latente, presente no Encontro, roubou a cena dos holofotes na Presidente Dilma, face as intensas articulações realizadas, de um Lado, pelos Estados Unidos, Pais protagonista da Sede da própria ONU, em Nova Iorque, apoiando incondicionalmente o Estado Genocida de Israel, e, de outro Lado, mais de Uma Centena de Países, dentre eles, o próprio Brasil, apoiadores, não tão incondicionalmente, do advento de um Estado Palestino Independente, com assento pleno e representação na ONU.
Criados, eles mesmos, por Ato da ONU, Órgão subserviente aos Interesses das Grandes Potências, em 1948, as Margens do Mar Mediterrâneo, em sua porção Oriental, dentro da própria Cisjordânia, Território historicamente Palestino, até que o Imperialismo Europeu, à “Boca do Canhão”, França e Inglaterra dividissem o Mundo, Ásia e África, entre si, na famosa “Entende Cordiale”, no começo do Século XX, afetando para sempre a Geografia do Planeta, criando Estados, e Países, artificiais, por toda África e Ásia, ao seu bel prazer, independente de fatores étnicos ou culturais, segundo seu próprio interesse, nem bem findava a Segunda Guerra Mundial, em 1945, quando já se cogitava a criação de um “Organismo”, a ONU, dedicado a manutenção da Paz Mundial, na eminência da Guerra Fria, que se seguiria, então, com a polarização do Mundo, Pós-imperialismo Europeu, e com a conversão da URSS, comunista, e dos próprios EUA, capitalista, em únicas Potências Planetárias, a criação do Estado de Israel, onde seriam assentados os Judeus do Mundo inteiro, diga-se de passagem, majoritariamente “Arianos”, da própria Europa, não por razões, puramente, Religiosas, reportando o Passado Bíblico (Muro das Lamentações, Grande Templo, e coisitas mais), e o Degredo do Povo Hebreu, antes do advento do Senhor Jesus Cristo, há mais de Dois Mil Anos atrás, desde o Egito, do qual o atual Estado de Israel, sequer, guarda resquicios, depois de anos, e séculos, de pulverização, por toda Europa, mas, predominantemente, como parte da nova Geopolítica que, já, se desenhava, como forma de criar um “Estado Amigo”, Israel, em Terras Árabes, justamente para guarnecer as Rotas do Petróleo, de que as Grandes Potências Ocidentais dependem, EUA, França e Inglaterra, mormente, nas proximidades do estratégico Canal do Suez e da Península Arábica, o Estado de Israel, armado nuclearmente pelo Ocidente, partiu a Palestina em dois: Faixa de Gaza, dominada pelo Hamas, mais radical, Inimigo declarado da própria existência do Estado de Israel, no Ocidente, e Cisjordânia, mais Pró-ocidente, na porção mais Oriental da Palestina, ambas separadas fisicamente pelo Estado de Israel, quem, agora, opõe-se a Criação do Estado Palestino.
Apoiada pela Grande Maioria das 193 Nações do Planeta, de menos EUA, que possui direito de “Voto” Decisivo no Conselho de Segurança da ONU, tão antiquado, como ilegítimo, nos dias de hoje, alias, como salientou a própria President”a” Dilma, em seu Discurso, sem o qual a Palestina jamais será aceita como Estado Independente, onde poderia receber o numero 194, no Concerto das Nações, e boicotada por Israel, devido a motivos óbvios, dos quais, a progressiva invasão da Cisjordânia, e a Instalação de novos Assentamentos Judeus em Terras Árabes, mais e mais, parecem serem os fundamentos mais sólidos para manter a sua atual “Política” de Assassinatos Seletivos, de Lideres do Hamas, e ataques sistêmicos a Faixa de Gaza, enquanto acena com falsas promessas de “Conversações” de Paz, com a Facção menos rebelde do Fatah, na Cisjordânia Ocupada, do qual o atual Presidente Mahmoud Abbas converte-se num Inimigo menos letal, e manipulável, do que a Liderança do Hamas, a “Autoridade” Nacional Palestina, atual status que recebem os Palestinos, no geral, como sendo um mero “Escritório” de Representação dos Palestinos, sem, contudo, receber o Grau de Estado Independente, na ONU, trava, em Nova Iorque, a sua mais derradeira Batalha...
Desguarnecida de Tanques, ou Navios de Guerra, ao contrário de Israel, abastecidos pelos Estados Unidos, os Palestinos, tantos de Gaza, como da Cisjordânia, munidos de singelos rifles AK-47 Kalashinikov, remanescentes dos velhos arsenais da União Soviética, esperam afoitos, enquanto sofrem implacavel Cerco Naval por Israel, em Gaza, donde não entra, nem remédio, e nem comida, por vezes, bombardeados com Urânio Radioativo ou Césio, por Israel, transformada a Faixa de Gaza, com olhos complacentes da ONU, em uma imensa Alchvits, ou Trebrinka, verdadeiros “Fornos Crematórios”, Campo de Testes de Armas Letais, ou Químicas, dos Estados Unidos & Israel, restando-lhes, somente aguardar, enquanto morrem de inanição, e são suas crianças violentadas, pelo advento de um Estado, que seja só seu, não se sabe, Quem ?, nem Quando ?...
Ou afinal, Qual ? Palestina: a de Gaza, do Hamas, ou a da Cisjordânia Ocupada, do Fatah, e de Abbas ?
Quiçá, Palestina Alguma !
OBS: Texto Publicado originalmente em www.paralerepensar.com.br
ANTUÉRPIO PETTERSEN FILHO é Advogado Militante e Assessor Jurídico da ABDIC – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DEFESA DO INDIVÍDUO E DA CIDADANIA além de EDITOR do Periódico Eletrônico JORNAL GRITO CIDADÃO
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