As
FARC-EP e o ELN temos defendido, reiteradamente, a necessidade de
acordar um cessar-fogo bilateral que encaminhe as conversações de
paz para uma efetiva e pronta reconciliação entre os colombianos.
A resposta
foi a rejeição frontal do regime, que argumenta que somente uma
ofensiva permanente contra a guerrilha pode garantir a paz do país.
"A paz é a vitória", repetem.
Contrastando
e com vista a proporcionar condições mais favoráveis para os
diálogos, decretamos cessar-fogos unilaterais e, paradoxalmente,
este generoso fato originou o recrudescimento da ofensiva do regime
ao ocupar posições desfavoráveis para nossa força.
Hoje, por
ocasião do próximo certame eleitoral à Presidência da República,
muitas vezes se levantam, com diversidade de argumentos,
solicitando-nos uma nova declaração de cessar-fogo, com a intenção
de que o clima político eleitoral se caracterize pela maior ausência
de perturbações.
A
insurreição guerrilheira não acredita no regime eleitoral
colombiano; pensamos, como milhões de compatriotas, que a corrupção,
o clientelismo, a fraude e as manobras sujas de todo tipo conduzem à
ilegitimidade de seus resultados e os escândalos, que hoje se
apresentam, dão mais força à nossa razão.
No entanto, consideramos que um clamor nacional tão
forte merece ser atendido e já veremos se mudarão a linguagem, as
ordens dos altos funcionários e membros da cúpula militar ou
policial em relação ao nosso gesto; além domais o fazemos como uma
luz de esperança para um cessar-fogo bilateral.
Por tanto,
ordenamos a todas as nossas unidades cessar qualquer ação militar
ofensiva contra as forças armadas do Estado ou contra a
infra-estrutura econômica a partir das 00:00 horas de terça-feira,
20 de maio até as 24:00 hors de quarta-feira, 28 de maio.
Pelo
EXÉRCITO DE LIBERTAÇÃO NACIONAL: Nicolás Rodríguez. B.
Pelo
Secretariado do Estado Maior Central das FARC-EP: Timoleón
Jiménez
Montanhas
da Colômbia, 18 de maio de 2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário