Por Iván Márquez
Integrante
do Secretariado das FARC-EP
A
atual campanha presidencial causa indignação e produz asco. Os
colombianos queríamos ver bandeiras programáticas estendidas, mas
só vemos flamejar as bandeiras da ruindade e da miséria política.
Quisemos
sempre conhecer dos candidatos à Presidência argumentos
políticos e sociais, opções e projetos de estadista para conduzir
a pátria para adiante, a visão de um país sem desigualdades, mas
só ouvimos as diatribes coléricas e a incitação ao ódio, trinos
que não são cantos, mas sim chilreios de "pássaro" da
violência (paramilitar do período de "La Violencia",
entre 1948 e 1958) que se replicam com argumentos
esfarrapados.
Sendo a paz a bandeira estelar da campanha eleitoral, observa-se com preocupação em alguns candidatos uma ignorância suprema sobre o real estado das conversações e os avanços do processo de paz. Seja quem for o Presidente, não terá um desafio mais importante do que o de assinar a paz, o fim do conflito sobre bases sólidas proporcionadas por mudanças que impliquem democracia verdadeira e um estado de bem viver para o povo comum, mudanças que esse povo vem esperando a vida toda.
A Colômbia está farta de personagens como J.J.Rendón, Chica e dos "Comba", de milhões de dólares mal-havidos impulsionando campanhas presidenciais; a Colômbia está cansada da "ydispolítica", dos gramps feitos pelo então DAS (Departamento Administrativo de Segurança, a narco-policia política do regime), da inteligência militar ou diretamente da CIA. É "guerra suja", grita um lado; não, é um crime, responde o outro; cansada do direitista Hoyos, do "harcker", de demandas por calúnia, de água suja para cá, água suja para lá e para lá de uma minoria plutocrática, enquanto os colombianos com olhar de perplexidade, contemplam a degradação da política e a atitude desavergonhada, desrespeitosa de elites mafiosas que sequestraram o Estado para seus próprios benefícios, com o biombo de um sistema eleitoral totalmente deslegitimado.
Sendo a paz a bandeira estelar da campanha eleitoral, observa-se com preocupação em alguns candidatos uma ignorância suprema sobre o real estado das conversações e os avanços do processo de paz. Seja quem for o Presidente, não terá um desafio mais importante do que o de assinar a paz, o fim do conflito sobre bases sólidas proporcionadas por mudanças que impliquem democracia verdadeira e um estado de bem viver para o povo comum, mudanças que esse povo vem esperando a vida toda.
A Colômbia está farta de personagens como J.J.Rendón, Chica e dos "Comba", de milhões de dólares mal-havidos impulsionando campanhas presidenciais; a Colômbia está cansada da "ydispolítica", dos gramps feitos pelo então DAS (Departamento Administrativo de Segurança, a narco-policia política do regime), da inteligência militar ou diretamente da CIA. É "guerra suja", grita um lado; não, é um crime, responde o outro; cansada do direitista Hoyos, do "harcker", de demandas por calúnia, de água suja para cá, água suja para lá e para lá de uma minoria plutocrática, enquanto os colombianos com olhar de perplexidade, contemplam a degradação da política e a atitude desavergonhada, desrespeitosa de elites mafiosas que sequestraram o Estado para seus próprios benefícios, com o biombo de um sistema eleitoral totalmente deslegitimado.
A
política na Colômbia tem que mudar para o bem de todos e,
principalmente, para assentar as bases da paz com justiça social,
com democracia verdadeira e soberania, o que somente pode ser
conseguido rumo a uma Assembleia Nacional Constituinte.
"Já
basta", é o grito que brota de milhões, de gargantas e punhos
crispados. Temos sido mal governados, enganados, reprimidos com
violência, castigados com o chicote desumano dois lucros
capitalistas, e com a entrega de nossas riquezas às transnacionais
em atitude impune de lesa pátria. Tudo está sendo privatizado e o
Estado esqueceu suas obrigação de garantir o bem-estar ao povo.
Tratam-nos com desrespeito, nos humilham.
As organizações sociais e populares, hoje mobilizadas
em todo o território nacional, ao reclamar aos surdos contumazes
seus direitos, estão chegando a um momento em que já não têm
outra opção senão se unir a uma grande frente política, em uma
alternativa multitudinária que convoque os de baixo, as camadas
médias, a juventude e as mulheres, os indígenas e os
afro-descendentes, todos, para colocar no Palácio de Nariño a
força das maiorias, a vontade nacional e a razão, o sentir comum e
a dignidade; quer dizer, o protagonismo do povo soberano, para que,
de uma vez por todas, os usurpadores, essa minoria oligárquica que
desde 1830 tomou o governo para enriquecer e defender seus interesses
egoístas, cesse em sua depredação.
Como
nos tempos de Gaitán, a Colômbia continua clamando pela restauração
moral da República e da mudança já; não é demagogia barata que
só produz mudanças para que tudo continue igual. O povo tem direito
a ser governo. Que o povo governe!
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