segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A saga do Capitão Nascimento((Apenas uma reflexão)

Por Ninféia G

“Vagabundo” pobre é fácil de matar; mas os vagabundos ricos, é outra historia. É isso que o Capitão Nascimento descobre na segunda parte de sua historia como Policial Militar exemplar cumpridor de suas obrigações de proteger a sociedade, no filme Tropa de Elite 2 . E o seu pupilo André Matias acaba tendo uma morte tão absurda e óbvia como a que ele mesmo deu ao “vagabundo” pobre da favela no primeiro filme, quando ele atirou na cara ,apesar das suplicas do bandido para ele não fazer isso; e dessa vez, ele está tão certo que o BOP é Poder que vira as costas ao PM corrupto depois de desafiá-lo.

Uma coisa fica certa nesses filmes “Tropa de Elite”: O Capitão Nascimento não é corrupto e nem corruptível. Mas seu status é de papel, só é útil enquanto agrada aos poderosos.(enquanto mata os “vagabundos “ pobres)

A cena em que ele entra no restaurante chique do Rio para ir desafiar as autoridades é bem contundente: é aplaudido de pé pela classe média alta por ter sido responsável pela operação em que é morto ( pelo matador André Matias) mais um chefe do tráfico das favelas no presídio Bangu 1 ,durante uma rebelião,diante daqueles que queriam tirá-lo de ação.E aí, devido a essa receptividade da "sociedade", dão-lhe o cargo de sub secretário e ele acredita que vai poder fazer alguma coisa.

O personagem Roberto Nascimento realmente, se redime de seu comportamento execrável do primeiro filme? Quando ele coloca saco plástico na cara do “vagabundo” da favela e apenas bate na cara do vagabundo do asfalto (o playboy?)

Vamos ver! É, porque com certeza deverá vir por aí Tropa de Elite 3 : NASCIMENTO: O JUSTICEIRO.É isso que ele deixa claro nos últimos momentos do filme quando embosca os que pensavam estar emboscando-o.

Os vagabundos ricos que se cuidem! (Pelo menos,isso!!)

Então, estamos mesmo “roliudianos”! E só ver- O Justiceiro, Zona de Guerra, e outros filmes estadunidenses sobre o tema, para conferir.

O cara é um policial direito, matador sério, faz a limpeza que os que comandam o sistema gostam e de repente descobre que esse sistema o está usando, é podre; além do mais matou seu melhor amigo (e pupilo) e, claro, quase mata seu filho com um tiro destinado ao defensor dos direitos humanos ,professor de historia e deputado , que ele no inicio do filme se refere como ”esses intelectuais de esquerda”( em uma consideração pejorativa e menosprezante) e que por sinal, conquistou sua ex-mulher e seu filho.

São muitas situações pessoais envolvidas e o ser humano é de carne e osso, inclusive, o Capitão Nascimento! Que de algoz virou herói.

Eita!O cinema brasileiro entrou de vez no universo de Hollywood.

E, ao que parece , qualquer semelhança com fatos reais, não é mera coincidência.Os dias atuais do RJ referidos no filme, são em 2010.Quatro anos antes, são em 2006

Ambos, anos de eleição.

Mas, Wagner, parabéns! Você é um excelente ator.


Ninféia G- Poetisa - Belém-Pará

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