Uma
investigação sobre os fornos crematórios que os paramilitares do
Norte de Santander construíram para desaparecer com os corpos de
suas vítimas, que o jornalista Javier Osuna está desenvolvendo há
dois anos, foi destruída por um grupo de pessoas que invadiram seu
apartamento em Bogotá para queimar os dois computadores que
continham seu trabalho jornalístico.
Os
interessados em evitar que se conheça a verdade sobre os fornos
crematórios dos paramilitares em Santander estariam por trás do
ataque contra um jornalista em Bogotá.
Os
fatos ocorreram no dia 22 de agosto último. Javier Osuna afirma que
“três dias depois de meu regresso a Bogotá é que se apresenta
este incidente, logo não há que ser um gênio para entender que
isto está relacionado”.
No
mesmo instante, o jornalista avisou as autoridades sobre a
intimidação que sofreu. No entanto, a Fundação para a Liberdade
de Imprensa [FLIP] assegura que a Promotoria e a Polícia não foram
diligentes em fazer a inspeção na casa do repórter.
Jonathan
Bock diz que “para fazer a peritagem, demoraram 10 dias nestas
investigações; então, pois, isso de todas as maneiras atrasa
todo o processo”.
A
Unidade de Proteção concluiu que era necessário outorgar medidas
de proteção a Javier Osuna porque o incêndio em sua casa não foi
um acidente.
O
diretor da Unidade Nacional de Proteção, Andrés Villamizar,
afirmou que “não se tratou nem de um curto- circuito, nem de um
fato fortuito acidental, é uma clara ação violenta contra o
computador do jornalista”.
Osuna
considera que, mais além da proteção que lhe possa oferecer o
Estado, a verdadeira garantia para a liberdade de imprensa é que se
possa determinar aos autores do crime.
As
autoridades determinaram que o jornalista Osuna estava sendo vítima
de seguimentos por parte do grupo que entrou no seu apartamento,
assim conseguiram saber em que horários Javier não se encontrava em
sua casa e sobre as atividades que realiza diariamente...
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Equipe ANNCOL - Brasilanncol.br@gmail.com
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