quinta-feira, 3 de setembro de 2015

A fronteira Colombo-venezulana na OEA e na UNASUL

Por Horacio Duque Giraldo

Como aos cães em missa, assim foi à delegação santista na OEA, onde
pretendeu montar um show de mentiras, similar ao de Uribe Vélez em La
Parada/Cúcuta, a propósito das decisões tomadas pelo Presidente
Nicolás Maduro na fronteira de San Antonio, para erradicar o
contrabando, a manipulação com o dólar e os grupos paramilitares de
ultra direita que haviam tomado o controle de várias populações do
Estado do Táchira, onde foi decretado um estado de exceção
constitucional. Na Unasul a coisa será pior para a oligarquia
bogotana, que fica a nu no plano internacional.

À crise na justiça, a crise econômica, a crise social, se soma agora
esta grave problemática internacional. Definitivamente, Colômbia
necessita com prioridade da paz para construir outro Estado e uma
democracia ampliada com a participação protagônica da multidão.

A crise da fronteira entre Colômbia e Venezuela saltou aos cenários da
OEA e posteriormente o fará na Unasul, a 8 de setembro.

À Colômbia se lhe malogrou a reunião no “departamento de colônias” do
império gringo. A intervenção do Embaixador Roy Chaderton desmascarou
as falácias da delegação bogotana, liderada por um representante da
classe politiqueira e corrupta que domina o Estado colombiano, que
pretendia escapar da enorme possibilidade na violência, no
deslocamento, na exclusão e pobreza que afeta a milhões de cidadãos, 6
milhões dos quais vivem na Pátria de Bolívar, em condições de respeito
por seus direitos fundamentais.

Era tão evidente a farsa, que a grande maioria de nações ali presentes
não acompanhou as pretensões do delegado santista. Estão completamente
deslegitimados e ficaram a nu ante a comunidade internacional.

Com amargura, a Chanceler Holguín saiu a disparatar contra uma
entidade que desde 1948 tem sido a cúmplice da elite oligárquica
dominante na sociedade, culpada da guerra e da arbitrariedade
inveterada contra a população e seus direitos. Esta, sim, é a tampa da
crise do regime político antidemocrático. Ficaram sós ante a
comunidade internacional.

Na Unasul, a qual, por pressões de Uribe Vélez querem romper, as
coisas serão mais interessantes. Neste organismo, que reflete a
unidade popular latino-americana, se sentirá com maior força a
acusação da responsabilidade que arrasta o bloco dominante contra
insurgente nos graves flagelos que afetam a Colômbia, detonadores da
crise fronteiriça que obrigou o governo do Presidente Nicolás Maduro a
fechar a fronteira e adotar um regime de exceção no Táchira para
erradicar o contrabando e o paramilitarismo.

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Equipe ANNCOL - Brasil
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