domingo, 7 de fevereiro de 2016

Carta de Congressistas a Barack Obama

Escrito por Congressistas de Estados Unidos
Estimado Presidente Obama,
Nos alegrou que tenha convidado ao Presidente colombiano Juan Manuel Santos para vir se reunir com você em Washington, durante a primeira semana de fevereiro.
Lhe instamos que utilize esta oportunidade não só para reforçar nossa histórica aliança como também para pôr ênfase em como os Estados Unidos pretendem prover apoio imediato e seguido para a implementação dos acordos de paz em Colômbia, se as negociações chegam a uma conclusão exitosa no futuro próximo.
Como você bem sabe, a Colômbia está num momento esperançoso e crítico. As atuais negociações de paz oferecem a possibilidade de que se ponha fim a décadas de um conflito interno armado.
Porém, a firma dos acordos será só o início de um processo de construir uma paz duradoura.
Como se costuma dizer, implementar os acordos de paz e estabelecer as condições sob as quais a paz e a reconciliação possam ser realizadas será uma tarefa grande e de longo prazo.
Nós outros cremos que os Estados Unidos, que deu tanto financiamento e apoio ao Plano Colômbia, necessita demonstrar o mesmo compromisso com a paz. Também lhe instamos a tomar esta oportunidade para ressaltar algumas das graves violações de direitos humanos que continuam afetando a Colômbia.
Especificamente, lhe instamos ressaltar ao Presidente Santos sua profunda preocupação devido ao aumento de assassinatos e ameaças contra defensores de direitos humanos, ativistas sindicais, líderes comunitários, jornalistas e líderes afrocolombianos e indígenas. Estes líderes são os seres humanos que a Colômbia necessita desesperadamente para consolidar, expandir e implementar a paz, reconciliação e reconstrução nacional prometidas dentro dos acordos de paz. Enquanto a cifra de homicídios em geral em Colômbia está baixando, as ameaças e assassinatos destes líderes de direitos humanos aumentou.
Adicionalmente, será crítico que a sociedade civil colombiana –especialmente as comunidades vulneráveis, as quais têm sido vítimas da violência- tenha confiança no sistema penal jurídico do país e que estejam certos de que todas as instituições colombianas, incluindo o exército, estejam dedicadas a assistir as vítimas, sacando a verdade à luz e assegurando que a violência contra elas não se repita. Estes são elementos fundamentais dos acordos de paz.
Neste contexto, estamos seriamente preocupados pelo recente anúncio do Ministério de Defesa de candidatar a vários oficiais militares que estão sendo investigados pelo escritório do Fiscal Geral por possível participação em execuções extrajudiciais, a serem nomeados generais, ou para assistir a cursos militares especiais em preparação para tal ascensão. Antes de outorgar a esses oficiais promoções de tão alto valor, o sistema penal teria que tomar o tempo para terminar suas investigações a estes casos e, ou exonerar, ou imputar-lhe cargos devidos às provas pertinentes.
Sr. Presidente, por favor, saiba que nós outros apoiamos as negociações colombianas que buscam pôr fim a mais de cinco décadas de conflito que feriram profundamente a todos os setores da sociedade colombiana. Lhe instamos dar apoio sólido e real à implementação dos acordos de paz, e a expressar preocupação real em relação a segurança e capacidade que existe para que os defensores de direitos humanos possam desenvolver seu trabalho tão importante.
Finalmente, quando se discute como avançar para as melhores práticas e valores das forças armadas colombianas enquanto se preparam para ter novas responsabilidades numa sociedade pós conflito, lhe pedimos que ponha ênfase na necessidade de que o sistema penal faça seu trabalho antes de premiar aos oficiais militares sob investigação por supostos crimes graves de direitos humanos, com estas promoções.
Lhe agradecemos sua atenção e consideração destas solicitações. Ficamos à espera da visita do Presidente Santos e suas conversações com ele sobre o futuro das relações entre EUA e Colômbia.
Atenciosamente,
Congressista Jim McGovern (D-MA), Representantes Joseph Pitts (R-PA); Sam Farr (D-CA); John Lewis (D-GA); Dina Titus (D-NV); John Yarmuth (D-KY); Bill Keating (D-MA); Debbie Dingell (D-MI); Earl Blumenauer (D-OR); Alan Grayson (D-FL); Mark DeSaulnier (D-CA); Debbie Wasserman Schultz (D-FL); Alan Lowenthal (D-CA); Karen Bass (D-CA); Mark Pocan (D-WI); Richard Neal (D-MA); Jim McDermott (D-WA); Michael Capuano (D-MA); Jared Polis (D-CO); Raul Grijalva (D-AZ); Tony Cardenas (D-CA); John Larson (D-CT); Michael Honda (D-CA); Katherine Clark (D-MA); Luis Gutierrez (D-IL); Steve Cohen (D-TN); John Conyers (D-MI); Paul Tonko (D-NY); Rosa DeLauro (D-CT); Alcee Hastings (D-FL); Charles Rangel (D-NY); Jan Schakowsky (D-IL); Stephen Lynch (D-MA); Yvette Clark (D-NY); Peter DeFazio (D-OR); Hank Johnson Jr. (D-FL); Marcy Kaptur (D-OH); Barbara Lee (D-CA); Maxine Waters (D-CA); Sheila Jackson Lee (D-TX); David Cicilline (D-RI); Betty McCollum (D-MN); Chellie Pingree (D-ME); Jose Serrano (D-NY); Keith Ellison (DFL-MN); Norma Torres (D-CA); Suzanne Bonamici (D-OR); Donna Edwards (D-MD); Eleanor Holmes Norton (D-DC), Anna G. Eshoo (D-CA); Niki Tsongas (D-MA); John Garamendi (D-CA); Louise M. Slaughter (D-NY); Danny K. Davis (D-IL); Peter Welch (D-VT); Joseph P. Kennedy III (D-MA); and Linda T. Sánchez (D-CA).

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