sábado, 6 de fevereiro de 2016

Em Havana se retoma temas finais do diálogo

Por telesurtv.net


Segundo analistas, se tem visto um discurso menos tenso nesta nova etapa de conversações.Nesta nova fase das conversações de paz que levam a cabo o Governo do presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo [FARC-EP] em Havana, falta por discutir a referenda dos acordos, o cessar bilateral e a deixação de armas.O dado:As FARC retomaram ontem os Diálogos de Paz com o Governo colombiano. A ONU aceitou, em 25 de janeiro, supervisionar o fim das hostilidades colombianas.O correspondente de Telesur em Havana, Alien Fernández, informou que, de acordo com analistas, se tem visto um discurso menos tenso entre ambas as partes, o que evidencia que estão cedendo e respeitando o princípio de qualquer diálogo de reconhecer ao outro e encontrar os pontos fundamentais que permitam avançar no processo e chegar a um acordo.Pastor Alape, porta-voz das FARC-EP, indicou que os locais que vão ser monitorados e que se requer para que a insurgência possa desenvolver essa dinâmica de transferência de força guerrilheira a força política legal, econômica e social serão selecionados pela mesa de diálogo e não pela Missão Política da Organização das Nações Unidas [ONU].Acrescentou que as Nações Unidas são um componente que vai a uma tarefa específica que é acompanhar o processo e não a de estabelecer zonas ou outras dinâmicas.

PLANO COLÔMBIA FRACASSOU

Sobre o Plano Colômbia, a propósito dos encontros que o Presidente colombiano sustenta com seu par dos Estados Unidos, Alape afirmou que não cumpriu nenhum de seus objetivos porque, por exemplo, a cifra de deslocados chegou a mais de 7 milhões de pessoas.“O Plano Colômbia, para todos os analistas, foi um fracasso”, disse o porta-voz das FARC-EP.Detalhou que fracassou o esquema que se impôs de reduzir ou erradicar o fenômeno das drogas e, por outra parte, o componente não público de eliminar a insurgência, “que era sua verdadeira essência”, e que tampouco cumpriu.Alape assinalou que o que se deu foi uma série de fatos dolorosos, como os falsos positivos, os quais ainda golpeiam ao povo.

CONVERSAÇÕES COM O ELN
Por sua parte, a correspondente de Telesur em Colômbia, Lorena Hoyos, informou que no Congresso colombiano se deu um pronunciamento da sociedade civil no qual manifestaram que sem a concretização do processo de diálogo do Governo com o Exército de Libertação Nacional [ELN] é impossível concretizar uma paz estável e duradoura.Hoyos precisou que chamaram o país a respaldar estas conversações e propuseram criar uma comissão integrada por membros da sociedade civil para que apoie o processo.Na última jornada de conversações, que se efetuou ontem, o chefe da delegação dos insurgentes, Iván Márquez, agradeceu à Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos [CELAC] pelo apoio que está dando aos diálogos.A CELAC será parte da missão de acompanhamento da Missão Política da ONU que verificaria o fim do conflito colombiano.


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