domingo, 23 de novembro de 2014

Comunicado sobre o General Alzate

No dia 16 de novembro, por volta das 15:00 horas, unidades guerrilheiras pertencentes ao Bloco Iván Ríos das FARC-EP, no exercício de suas tarefas de segurança, interceptaram, numa das reservas móveis que mantêm às margens do rio Atrato, o bote em que se transladava o senhor Brigadeiro General do Exército Nacional, em serviço ativo, Rubén Darío Alzate Mora, comandante da denominada Força de Tarefa Conjunta Titán, que opera nesta zona do país.
Em companhia do general Alzate viajavam o cabo segundo do Exército Jorge Contreras Rodríguez e a senhora Gloria Urrego, advogada a serviço da mencionada unidade militar. Uma vez identificados plenamente, apesar de vestirem roupas civis, os três foram capturados por nossas unidades, devido a que se trata de pessoal militar inimigo, que se move no exercício de suas funções, em área de operações de guerra.
Mais, se se tem em conta a responsabilidade que o general Alzate ocupa no Exército Nacional, como cabeça de uma Força de Tarefa Conjunta, estrutura elaborada pelos mandos militares do Pentágono para a guerra frontal contra o povo da Colômbia e sua insurgência armada. São grandes as contas pendentes do general Alzate com a justiça popular. Certamente, seu caso merece um detido exame no qual haverá que levantar muitas coisas.
Todos os dias, em diferentes lugares do país ou do exterior, o Presidente Santos reitera a ordem de recrudescer com todo o poder do Estado contra as FARC-EP. E isso apesar das conversações de paz que se adiantam em Havana. Seu ministro de defesa vocifera uma e outra vez sobre o perto que estão de cair as cabeças dos mandos guerrilheiros, assegurando que aqueles que saem a dialogar na Mesa de Conversações fazem-no para fugir da morte iminente.
Buscamos a paz porque há um conflito armado, reconhecido legal e politicamente pelo atual governo. A soberba da oligarquia a leva a pensar que, inclusive em meio ao processo de paz, possui o direito de matar e despedaçar colombianos, de aterrorizá-los e massacrá-los, sem que estes tenham o menor direito de responder a suas violências. Sem cessar bilateral de fogo, as quais o Presidente chama regras do jogo, não podem operar somente para as forças do Estado.
Respeitamos a vida e integridade física e moral de nossos prisioneiros e estamos plenamente dispostos a garanti-lo até onde nos seja permitido pela ira estatal. As prisões do país estão amontoadas de prisioneiras e prisioneiros políticos e de guerra. A solução dos grandes males de que padece nossa pátria tem que ser a do diálogo, sempre estivemos dispostos a isso. Sem imposições, respeitando a condição política e pessoal dos adversários.
Vale lembrar que estamos subordinados às decisões que as instâncias superiores das FARC-EP adotem.
ESTADO-MAIOR DO BLOCO IVAN RÍOS DAS FARC-EP 
Montanhas de Colômbia, 17 de novembro de 2014

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