sábado, 1 de agosto de 2015

Comissão de Esclarecimento da Verdade, JÁ

La Habana, Cuba, sede dos Diálogos de Paz, 23 de julho del 2015
No encerramento do Ciclo 37 de conversações, a Colômbia recebeu com expectativa e otimismo o anúncio da criação da Comissão de Esclarecimento da Verdade, da Convivência e da Não Repetição e de um “Sistema Integral de Verdade, Justiça, Reparação e Não Repetição”, que cumpra com o fundamento de que, efetivamente, “ressarcir as vítimas está no centro do acordo”.
Nas últimas jornadas de trabalho construímos o documento “Agilizar em Havana e desescalar em Colômbia”, concretizando-se um “Plano de Trabalho” que servirá de força adicional de impulso ao Acordo Geral de Havana.
Nesta etapa avançaremos com uma nova metodologia que aponta a realizar um trabalho técnico, integral e simultâneo no tratamento dos temas e na busca de conclusões prontas. Em meio a um ambiente de desescalada do conflito, cuja base foi a declaratória unilateral de cessar-fogo por parte das FARC-EP, e o compromisso do governo de atuar em correspondência, trataremos de alcançar o “Cessar-Fogo bilateral e definitivo”. Em quatro meses faremos as primeiras avaliações sobre os resultados e as perspectivas.
O mais urgente agora é concluir a configuração da Comissão de Esclarecimento da Verdade, da Convivência e da Não Repetição. A esse respeito, teremos que fazer todo o necessário para fazê-la andar antes que termine novembro, porque há que levar em conta que, se o bem jurídico tutelado neste processo é a paz como direito síntese e as vítimas, a participação Destas deve se dar desde já, tomando a verdade como base para a construção de qualquer sistema de justiça. Em consequência, para falar de justiça, haverá que falar primeiro da VERDADE.
O êxito destes objetivos maiores terá que passar pela reparação das vítimas, retomando a Mesa o estudo dos informes da Comissão Histórica do Conflito e suas Vítimas e abordando sem mais morosidades o esclarecimento do fenômeno do paramilitarismo, a respeito do qual já está assentada e publicada nossa proposta de 9 de julho de 2015, com um anexo também público, que denuncia a situação atual dos grupos paramilitares.
Se a verdade pura e simples é a melhor maneira de persuadir, comecemos a conhecê-la desde já, pela boca dos atores do conflito e das vítimas, como um gesto enorme de desescalada. E, claro está, deverão ser abertos os arquivos.
DELEGAÇÃO DE PAZ DAS FARC EP.

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Equipe ANNCOL - Brasil

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