Por Alberto Pinzón Sánchez
Justo quando o debate no país sobre a “queda” continuada de uma série de super-aeronaves de guerra, mostra o tradicional fingimento do regime que compromete o prestígio do empresário-ministro de Defesa Villegas e põe em evidência as mais graves falhas e a corrupção [colapso?] diz-que da arma estratégica mais importante, mais cuidada e mais favorecida pelos “dólares” do Plano Colômbia e que possui o Bloco de Poder Dominante para ganhar a guerra Contra Insurgente, isto é, a essência mesma de sua existência; aparece a fuga para adiante, um pouco fumegante, da proposta presidencial de convocar um “congressinho” com participação de alguns membros das FARC [sic] para ratificar os eventuais acordos de Havana e a finalização do chamado conflito interno colombiano.
É uma carta que Santos atira sobre a mesa de jogo, que deixa ver o avançado em que está o dito processo de paz. E o faz pressionado: 1-Pela terrível realidade econômica, jurídica e política em que se converteu o pesadíssimo bacalhau, que o regime contra insurgente carrega nas suas costas [como o da emulsão de Scott] dos 500.000 homens/fuzil, mais os 110.000 militares reformados, que o general Ruiz dirige politicamente de maneira tão eficiente, e os 13.500 aposentados por invalidez ou mutilados de guerra, os quais não tem quem os defenda e estão à mercê dos abutres das previdências, que revoluteiam nos tetos do Palácio de Governo. 2-Pelos custos exorbitantes em dólares que demandam os 4.173 militares, ou maçãs podres que chamam, investigados pela promotoria da Colômbia somente pelos Falsos Positivos. 3-Pelo tremendo desgaste político diário, gota a gota, que está representando ante a opinião pública nacional e internacional esta inocultável realidade. Ai de Vivanco.
E dizemos somente pelos Falsos Positivos, porque não se conhece a cifra total de militares de todas as graduações e dragonas “enjauladas” pela justiça colombiana, por ter exercido o “legítimo e legal” direito do aparelho “legal e legítimo” da violência das instituições, durante todas estas décadas da “legítima, legal e institucional” guerra contra insurgente em Colômbia. Ai dos defensores liberais e conservadores da “legitimidade e legalidade” das FFMM e da cadeia de mando que os dirigiu politicamente, não judicialmente, para tão terrível e bárbara atrocidade jamais conhecida no hemisfério ocidental, que será sempre uma cruz de cinza na frente de qualquer colombiano quando apresente seu novo passaporte globalizado schengen.
Santos sabe de sobra, como aponta seu amigo, o chefe liberal Horacio Serpa, em sua última entrevista, “se temos de morrer, vamos nos adoecendo”, publicada em seu portal http://www.olapolitica.com/content/%E2%80%9Csi-nos-hemos-de-morir-v%C3%A1monos-enfermando%E2%80%9D-horacio-serpa, sabe ou está alertado da “impossibilidade legal” de um “congressinho” como o que propõe e deve ter entre peito e costas a tradicional proposta política da Insurgência de realizar uma constituinte ampla, popular e democrática [isto é, bem definida e não reacionária como a que propõe AUV] para ratificar os acordos finais conquistados ao final de qualquer processo de paz entre o Estado e a Insurgência; e que foi apresentada em seu momento em Casa Verde a Belisario, a Gaviria e Serpa em Tlaxcala, a Pastrana no Caguán, e agora se volta a apresentar em Havana; quer dizer, não é uma ideia improvisada ou de última hora, muito menos de nenhum político tradicional em transe eleitoral, senão que obedece a uma aspiração popular histórica para selar politicamente um pacto vertical [isto é, com os de baixo], diferente dos pactos horizontais e de silêncio realizados entre frações da oligarquia bipartidarista ao longo dos séculos XIX e XX.
Desconfia Santos do congresso “democrático” atual? Não o sabemos. Porém, o que sabemos, sim, é que o Presidente, ademais de atirar o globinho de fumaça que descrevemos, dada sua falta de liderança institucional e suas costumeiras guinadas, pretende que a Insurgência faça o “último” dos acordos com a casta política e parapolítica que “legal e legitimamente” se desempenha no atual congresso da democracia colombiana e, de passagem, valide ou “legitime mediante um acordão, o que o povo de baixo não pode validar ampla e democraticamente numas votações limpas e bem supervisionadas pelos organismos internacionais competentes. Por que tanto medo do povo humilde e da sua expressão democrática direta?
Nos acordos de Havana que restam, não se deve discutir já a necessidade de uma constituinte que, como diz Horacio Serpa, é imparável, e sim seu temário preciso e sua composição ampla, popular e democrática.
Creio que o referido santandereano que mais se ajusta não é o da enfermidade e da morte, mas sim aquele que diz, “o que se há de empenhar... que se venda”.
Santos, o Povo colombiano quando sabe que o jogo está terminando e já entrado em gastos: Para pra ver!
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Equipe ANNCOL - Brasil
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