sábado, 1 de agosto de 2015

São necessárias novas medidas de desescalada.

As FARC-EP registramos como positiva a decisão presidencial de suspender os bombardeios contra nossos acampamentos, num gesto que se corresponde com a ordem ministrada pelo Secretariado das FARC-EP de cessar todo tipo de ações ofensivas contra a Força Pública e a infraestrutura pública e privada em todo o país a partir do último 20 de julho. Sem dúvida, a determinação do senhor presidente é uma medida que contribui para gerar um clima de confiança propício para avançar na discussão dos temas pendentes do Acordo Geral de Havana.
Em meio a um novo ambiente que se começa a gerar, depois do acordo firmado pelas partes no último 22 de julho, conhecido sob o título “Agilizar em Havana e desescalar em Colômbia”, se faz necessário acordar novas medidas que aprofundem e consolidem este processo de desescalada, para que cada vez seja mais remota a possibilidade de que este esforço possa se lançar a perder.
Tal como ficou consignado em nossa ordem de cessar-fogo ministrada a todas as unidades: “Nenhuma unidade das FARC-EP está obrigada a se deixar golpear por forças inimigas e terá todo o direito ao exercício de sua legítima defesa em caso de ataque”.
A propósito, queremos chamar a atenção sobre fatos recentes que sucederam nos estados do Cauca e Nariño, onde o avanço das operações terrestres contra as posições insurgentes pôs em risco o cessar-fogo unilateral das FARC-EP. Somente a prudência das unidades guerrilheiras tem evitado que se apresentem fatos lamentáveis nestes casos.
La Habana, Cuba, sede dos diálogos de paz, 28 de julho de 2015
DELEGAÇÃO DE PAZ DAS FARC EP.

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Equipe ANNCOL - Brasil

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