quinta-feira, 18 de junho de 2015

Procedamos JÁ com o cessar-fogo bilateral

 La Habana, Cuba, 17 de junho 2015

A mensagem que a insurgência mandou hoje à Colômbia e ao mundo através de seu porta-voz e membro do Secretariado Joaquín Gómez é que, apesar das incoerências e distorções do discurso de Santos, a guerrilha se une ao clamor nacional e internacional por um cessar-fogo bilateral.
Incoerências que, segundo o líder insurgente, se manifestaram desde o primeiro momento das conversações, quando em Oslo o Governou pintou um país muito diferente ao que é na realidade:
Colômbia não é o país das maravilhas bosquejado em Oslo mas sim o terceiro mais desigual do mundo. Não há um processo sério de restituição de terras; o que, sim, é certo, é que mataram cerca de 90 reclamantes. Por outro lado, o índice Gini é de 0,87, produto do despojo violento que durante décadas se executou contra a população rural. Tal despojo se fez mediante assassinatos e massacres tolerados pelo Estado, os quais ocasionaram o deslocamento forçado de 6 milhões de compatriotas e o roubo de 8 milhões de hectares no último quarto de século, que ampliaram os latifúndios dos potentados. Por outro lado, até agosto de 2014 só se haviam restituído 29.000 hectares aos campesinos”.
O comandante acrescentou que, dois anos e meio depois, o mandatário continua caindo na distorção, por exemplo, quando se refere ao acordo sobre política antidrogas, acusando a insurgência como responsável pelo narcotráfico.
No entanto, estas desavenças não têm por que impedir um cessar-fogo bilateral, segundo o comandante Gómez, quem finalizou dizendo que “tudo é questão de vontade política”.
Escritório de Imprensa da Delegação de Paz FARC-EP



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