La
Habana, Cuba, 17 de junho 2015
A
mensagem que a insurgência mandou hoje à Colômbia e ao mundo
através de seu porta-voz e membro do Secretariado Joaquín Gómez é
que, apesar das incoerências e distorções do discurso de Santos, a
guerrilha se une ao clamor nacional e internacional por um
cessar-fogo bilateral.
Incoerências
que, segundo o líder insurgente, se manifestaram desde o primeiro
momento das conversações, quando em Oslo o Governou pintou um país
muito diferente ao que é na realidade:
“Colômbia
não é o país das maravilhas bosquejado em Oslo mas sim o terceiro
mais desigual do mundo. Não há um processo sério de restituição
de terras; o que, sim, é certo, é que mataram cerca de 90
reclamantes. Por outro lado, o índice Gini é de 0,87, produto do
despojo violento que durante décadas se executou contra a população
rural. Tal despojo se fez mediante assassinatos e massacres tolerados
pelo Estado, os quais ocasionaram o deslocamento forçado de 6
milhões de compatriotas e o roubo de 8 milhões de hectares no
último quarto de século, que ampliaram os latifúndios dos
potentados. Por outro lado, até agosto de 2014 só se haviam
restituído 29.000 hectares aos campesinos”.
O
comandante acrescentou que, dois anos e meio depois, o mandatário
continua caindo na distorção, por exemplo, quando se refere ao
acordo sobre política antidrogas, acusando a insurgência como
responsável pelo narcotráfico.
No
entanto, estas desavenças não têm por que impedir um cessar-fogo
bilateral, segundo o comandante Gómez, quem finalizou dizendo que
“tudo é questão de vontade política”.
--
Equipe
ANNCOL - Brasilanncol.br@gmail.com
http://anncol-brasil.blogspot.com
http://anncol-brasil.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário