quinta-feira, 18 de junho de 2015

Unasul: Samper propõe “blindar” processo de paz da Colômbia com cessar-fogo

Quito, Equador, 14 de junho de 2015. Fuente: andes.info.ec
O ex-presidente colombiano Ernesto Samper, secretário-geral da União de Nações Sul-americanas [Unasul], propôs nesta sexta-feira a necessidade de “blindar” os diálogos de paz entre o governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia [FARC], que se realizam em Havana, com um cessar-fogo bilateral que seja verificado internacionalmente.
Através de mensagens em sua conta de Twitter, Samper fez a proposta devido aos “derramamentos inumanos” de petróleo no estado [província] do Putumayo, fronteiriço com o Equador na Amazônia.
O secretário da Unasul, bloco que tem sua sede em Quito, faz referência a uma ação atribuída às FARC, com a qual obrigou condutores a derramarem 200.000 galões de petróleo cru numa zona rural do município petroleiro de Puerto Asís na segunda-feira passada.
Os derramamentos inumanos de petróleo no Putumayo demonstram a necessidade de blindar o processo de Havana com um cessar-fogo bilateral verificado internacionalmente”, [sic], escreveu Samper.
Nas últimas semanas se registrou uma série de fatos que dão conta de uma escalada de um conflito que vem durando por mais de 50 anos.
Ao derramamento de petróleo se somam, por parte das FARC, atentados que deixaram sem energia elétrica várias zonas da Colômbia e antes foram os responsáveis pela morte de 11 militares num enfrentamento.
Por causa desse fato, o presidente Juan Manuel Santos ordenou reiniciar os bombardeios que tinham sido suspensos e desde então têm aplicado duros golpes à guerrilha em ataques e bombardeios que deixaram numa semana mais de 40 rebeldes mortos, incluídos dois comandantes, entre eles um delegado das FARC em Havana que tinha regressado à Colômbia para explicar o processo, segundo assinalou em seu momento o grupo rebelde.
Após os ataques, a 22 de maio passado as FARC anunciaram a suspensão do cessar-fogo unilateral que tinha começado em 20 de dezembro de 2014.
O presidente Santos se negou a decretar um cessar-fogo alegando que poderia ser aproveitado pela guerrilha para fortalecer-se.
As delegações de ambas as partes iniciaram o processo de paz em novembro de 2012 em Havana.
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Equipe ANNCOL - Brasil

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