Os colombianos e
colombianos estão animados o anúncio da visita do Papa Francisco ao
país no próximo ano. Em uma carta recente de duas páginas ao povo
colombiano, o Sumo Pontífice fala sobre o conflito armado colombiano
e sobre a necessidade de que se atenda às vítimas. Analistas
afirmam que o anúncio do Papa dá novo fôlego aos diálogos de paz
entre o governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia
(Farc), que devem chegar ao fim pouco antes da visita de Francisco.
O cardeal Pietro Parolín, secretário
de Estado do Vaticano, afirma em nota que o Papa é consciente da
importância crucial do momento atual no país sul-americano e que
chama os "colaboradores da obra da paz” a seguirem trabalhando
em favor da justiça, da fraternidade, da solidariedade, do diálogo
e do entendimento, "que são os fundamentos da construção de
uma sociedade renovada”.
Parolín afirma ainda que a construção
da paz é um processo complexo, que não se esgota em espaços ou
planos de corta duração. "É preciso arriscar-se a cimentar a
paz a partir das vítimas, com um compromisso permanente para que se
restaure a sua dignidade, se reconheça sua dor e se repare o dano
sofrido. A paz deve ser forjada a partir daqueles que vivem na
marginalidade e na pobreza extrema, daqueles que não são incluídos
na sociedade”.
O secretário de Estado propõe ainda
que é preciso transformar cada paróquia e cada instituição em um
hospital de campo, "em um lugar seguro no qual se possa
reencontrar quem sofre atrocidades e violência. (...). Que aqueles
que atuaram de forma violenta possam reconhecer as dolorosas
consequências de suas ações”.
O arcebispo de Tunja e presidente da
Conferência Episcopal da Colômbia (CEC), Luis Augusto Castro
Quiroga, já anunciou que no próximo mês de maio os bispos que
fazem parte da Comissão Permanente se reunirão para definir os
detalhes da visita do Papa. Ao se referir à "politização”
da visita de Francisco, monsenhor Castro Quiroga assegura que todos
os colombianos estão polarizados em torno dos instrumentos para
conquistar a paz, mas adverte que o Papa Francisco não deve tomar
parte para ver quem quer ou não a paz, mas estimular sua conquista
na Colômbia.
O presidente colombiano, Juan Manuel
Santos, já chegou a declarar à imprensa que a visita do Papa
Francisco seria um "reconhecimento ao processo de paz",
iniciado há dois anos e meio, em Havana, Cuba. Santos afirma que
Francisco tem apoiado o processo de paz desde o princípio. "Desde
quando o visitei pela primeira vez, ele me disse: siga firme e não
fraqueje”.
O convite da Colômbia ao Papa
argentino foi feita pelos bispos da Colômbia através do cardeal
Rubén Salazar, poucos dias depois da sua eleição como máximo
hierarca da Igreja Católica, em março de 2013. Como ocorreu durante
as duas visitas papais anteriores – a primeira, de Paulo VI, em
1968, e a segunda, de João Pablo II, em 1986 – se espera que a
visita de Francisco provoque uma ampla mobilização,uma vez que a
Colômbia é um país majoritariamente católico e que o Papa conta
também com o apreço de muitos não fiéis.
Com apoio de Adital
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Equipe ANNCOL - Brasil
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