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A Globo passa por uma profunda crise de imagem, e que
só tende a piorar, porque o seu jornalismo piora a cada dia.
Seu jornalismo torna-se cada dia mais e mais
manipulador, mais e mais mentiroso.As verdades são transformadas em mentiras, através de um processo de manipulação cada vez mais sofisticado e mais cínico. As mentiras são transformadas em verdades aplicando-lhes, na superfície, um verniz de meia-verdade. Uma de suas apresentadoras, Angelica, é fragorosamente vaiada ao visitar uma universidade (Unirio), no Rio de Janeiro. Seus jornalistas, igualmente, não podem mais pisar nenhuma universidade pública sem serem recebidos por vaias. Em São Paulo, 60 mil professores marchando nas ruas também entoam coros contra a Globo. Entendem que a Globo é contra eles, ao não dar informações honestas sobre a greve, sobre as condições de trabalho, puxando sempre a sardinha para o lado do governo estadual. No complexo do alemão, moradores em protesto contra a polícia militar, que matou inocentes durante operação na favela, incluindo uma criança, hostilizam a equipe da Globonews. Por que isso? A Globo não é um político, um estadista, a quem as pessoas endereçam sua irritação em relação aos problemas econômicos do dia a dia. A irritação com a Globo é algo bem mais profundo, bem mais consciente, bem mais politizado. A presença da imprensa deveria ser comemorada por grevistas, manifestantes de uma comunidade, e universitários, porque seria a oportunidade de transmitir ideias à opinião pública. Não é o que acontece. Manifestantes, trabalhadores ou estudantes, protestam contra a Globo antes mesmo de saberem o resultado da cobertura, porque a experiência lhes ensinou que a Globo sempre vai distorcer a informação, contra o trabalhador, contra o estudante. Blogueiros e jornalistas independentes sabem que a Globo é seu principal adversário, até porque a emissora não esconde isso. Sempre que tem oportunidade, produz matérias para agredir e difamar jornalistas independentes. Nos sindicatos e partidos de esquerda, cresce o entendimento de que a Globo se tornou o principal partido político da direita. Um partido conservador que faz oposição à qualquer coisa que cheire a nacionalismo, qualquer coisa que beneficie o trabalhador ou o estudante. A Globo sustenta o castelo de cartas da mídia corporativa brasileira. Um castelo de cartas que, por sua vez, sustenta o que existe de mais atrasado e reacionário em nosso país. Toda a estrutura midiática nacional repousa sobre a Globo e seus milhares de tentáculos. A Globo é o principal adversário, e admite isso, em editoriais, de uma regulamentação democrática da mídia, porque sabe que o seu monopólio seria o primeiro a ser atingido se o universo midiático deixasse de ser o ambiente selvagem de hoje, em que prevalece apenas o mais forte. E o mais forte de hoje deve sua força ao regime ditatorial, por um lado, e a financiamentos ilegais dos Estados Unidos, de outro. É uma força, portanto, duplamente ilegal, duplamente antidemocrática. Ilegal por nascer do arbítrio interno, do golpe; e ilegal por violar nossa soberania, ao nascer do capital estrangeiro. Antidemocrática por ter articulado o golpe e depois tê-lo sustentado; e antidemocrática por se posicionar contra o povo brasileiro, em benefício de minorias endinheiradas. Os outros canais de TV também são ruins, mas a estrutura midiática, como um todo, tem a Globo como principal ponto de apoio. Não é por outra razão que a Globo é blindada por todo o corpo midiático oficial. Sem a oposição política da Globo, haveria condições de uma regulamentação democrática de TV e rádios no Brasil, introduzindo dispositivos para garantir a pluralidade política. O trabalhador brasileiro não pode usar o controle remoto. Num canal temos Sheherazade incitando linchamento de jovens pobres, no outro Boris Casoy humilhando garis, no outro Arnaldo Jabor festejando “golpe democrático” em Honduras e sugerindo algo parecido no Brasil. Em São Paulo, o sujeito que escolhe ver a TV pública, se depara com Augusto Nunes, blogueiro da Veja, apresentador do Roda Viva, entrevistando golpista bancado pela CIA estimulando manifestações contra o governo. Com esse congresso, de fato, será difícil aprovarmos alguma mudança, mas isso ocorre justamente porque a mídia ajudou a elegê-lo. As forças mais retrógradas do congresso, com Eduardo Cunha à frente, são os fiadores dessa mídia ainda tão poderosa, embora já tão decadente em termos de ética e moral. Em todo o mundo desenvolvido, há pluralidade nos meios de comunicação. Nos EUA, não há nada parecido com a Globo. Estados e municípios tem jornais e TVs locais. Em muitos condados, há tvs públicas locais. Fox e MSNBC, uma republicana, mais à direita, outra democrata, mais à esquerda, disputam a liderança dos canais fechados. Na Europa, então, nem se fala. O jornal em língua inglesa com mais audiência de internet no mundo é o The Guardian, de centro-esquerda. Mesmo se você ler um grande jornal conservador americano ou europeu, como o Washington Post, nos EUA, ou o Le Figaro, na França, notará uma profunda diferença em relação à nossa imprensa: eles respeitam o outro; há um padrão civilizatório que eles não ultrapassam. No último final de semana, houve eleições locais na França. A direita ganhou disparado. Na França, é assim. Há uns seis anos atrás, a esquerda tinha levado tudo. Agora é a direita que leva a melhor. Le Figaro, jornal da direita, não trata a esquerda, contudo, como um inimigo a ser eliminado do mapa. Há respeito pelo adversário. Organizações de esquerda (partidos, sindicatos) são respeitadas. Esses jornais, de qualquer forma, são apenas jornais: não possuem concessões públicas de rádio e tv. Não há essa contínua tentativa de criminalizar a política, que assistimos aqui. Não há essa excrescência que é termos um jornal privado, fortemente partidário, distribuindo prêmios a juízes em função de sua perseguição a um determinado partido. Enfim, a nossa democracia, para se consolidar, precisará se livrar desses entulhos da ditadura. Não tem nada a ver com socialismo ou comunismo. A regulamentação democrática de sistemas de oligopólio e monopólio são medidas liberais, comuns e necessárias ao capitalismo. O oligopólio asfixia a livre iniciativa, trava o empreendedorismo, sufoca a criatividade. Um país tão rico e tão diverso acorrentado aos pés de um monstro criado na ditadura? Nossa democracia, nossos filhos, merecem mais que isso. --
Equipe ANNCOL - Brasil
anncol.br@gmail.com http://anncol-brasil.blogspot.com |
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Querida, vamos com Globo
Pessoas
Para
eu
Abr 6 em 8:11 PM
Por que a hostilidade crescente contra a Globo?
A Globo passa por uma profunda crise de imagem, e que
só tende a piorar, porque o seu jornalismo piora a cada dia.
Seu jornalismo torna-se cada dia mais e mais
manipulador, mais e mais mentiroso.
As verdades são transformadas em mentiras, através
de um processo de manipulação cada vez mais sofisticado e mais
cínico.
As mentiras são transformadas em verdades
aplicando-lhes, na superfície, um verniz de meia-verdade.
Uma de suas apresentadoras, Angelica,
é fragorosamente
vaiada ao visitar uma universidade (Unirio), no Rio de
Janeiro.
Seus jornalistas, igualmente, não podem mais pisar
nenhuma universidade pública sem serem recebidos por vaias.
Em São Paulo, 60 mil professores marchando nas ruas
também entoam
coros contra a Globo. Entendem que a Globo é contra eles, ao não
dar informações honestas sobre a greve, sobre as condições de
trabalho, puxando sempre a sardinha para o lado do governo estadual.
No complexo do alemão, moradores em protesto contra
a polícia militar, que matou inocentes durante operação na favela,
incluindo uma criança, hostilizam
a equipe da Globonews.
Por que isso?
A Globo não é um político, um estadista, a quem as
pessoas endereçam sua irritação em relação aos problemas
econômicos do dia a dia.
A irritação com a Globo é algo bem mais profundo,
bem mais consciente, bem mais politizado.
A presença da imprensa deveria ser comemorada por
grevistas, manifestantes de uma comunidade, e universitários, porque
seria a oportunidade de transmitir ideias à opinião pública.
Não é o que acontece.
Manifestantes, trabalhadores ou estudantes, protestam
contra a Globo antes mesmo de saberem o resultado da cobertura,
porque a experiência lhes ensinou que a Globo sempre vai distorcer a
informação, contra o trabalhador, contra o estudante.
Blogueiros e jornalistas independentes sabem que a
Globo é seu principal adversário, até porque a emissora não
esconde isso.
Sempre que tem oportunidade, produz matérias para
agredir e difamar jornalistas independentes.
Nos sindicatos e partidos de esquerda, cresce o
entendimento de que a Globo se tornou o principal partido político
da direita.
Um partido conservador que faz oposição à qualquer
coisa que cheire a nacionalismo, qualquer coisa que beneficie o
trabalhador ou o estudante.
A Globo sustenta o castelo de cartas da mídia
corporativa brasileira. Um castelo de cartas que, por sua vez,
sustenta o que existe de mais atrasado e reacionário em nosso país.Toda a estrutura midiática nacional repousa sobre a Globo e seus milhares de tentáculos.
A Globo é o principal adversário, e admite isso, em editoriais, de uma regulamentação democrática da mídia, porque sabe que o seu monopólio seria o primeiro a ser atingido se o universo midiático deixasse de ser o ambiente selvagem de hoje, em que prevalece apenas o mais forte.
E o mais forte de hoje deve sua força ao regime
ditatorial, por um lado, e a financiamentos ilegais dos Estados
Unidos, de outro.
É uma força, portanto, duplamente ilegal,
duplamente antidemocrática.
Ilegal por nascer do arbítrio interno, do golpe; e
ilegal por violar nossa soberania, ao nascer do capital estrangeiro.
Antidemocrática por ter articulado o golpe e depois
tê-lo sustentado; e antidemocrática por se posicionar contra o povo
brasileiro, em benefício de minorias endinheiradas.
Os outros canais de TV também são ruins, mas a
estrutura midiática, como um todo, tem a Globo como principal ponto
de apoio.
Não é por outra razão que a Globo é blindada por
todo o corpo midiático oficial.
Sem a oposição política da Globo, haveria
condições de uma regulamentação democrática de TV e rádios no
Brasil, introduzindo dispositivos para garantir a pluralidade
política.
O trabalhador brasileiro não pode usar o controle
remoto. Num canal temos Sheherazade incitando linchamento de jovens
pobres, no outro Boris Casoy humilhando garis, no outro Arnaldo Jabor
festejando “golpe democrático” em Honduras e sugerindo algo
parecido no Brasil.
Em São Paulo, o sujeito que escolhe ver a TV
pública, se depara com Augusto Nunes, blogueiro da Veja,
apresentador do Roda Viva, entrevistando golpista bancado pela CIA
estimulando manifestações contra o governo.
Com esse congresso, de fato, será difícil
aprovarmos alguma mudança, mas isso ocorre justamente porque a mídia
ajudou a elegê-lo.As forças mais retrógradas do congresso, com Eduardo Cunha à frente, são os fiadores dessa mídia ainda tão poderosa, embora já tão decadente em termos de ética e moral.
Em todo o mundo desenvolvido, há pluralidade nos meios de comunicação.
Nos EUA, não há nada parecido com a Globo.
Estados e municípios tem jornais e TVs locais. Em muitos condados, há tvs públicas locais.
Fox e MSNBC, uma republicana, mais à direita, outra
democrata, mais à esquerda, disputam a liderança dos canais
fechados.
Na Europa, então, nem se fala.
O jornal em língua inglesa com mais audiência de
internet no mundo é o The Guardian, de centro-esquerda.
Mesmo se você ler um grande jornal conservador
americano ou europeu, como o Washington Post, nos EUA, ou o Le
Figaro, na França, notará uma profunda diferença em relação à
nossa imprensa: eles respeitam o outro; há um padrão civilizatório
que eles não ultrapassam.
No último final de semana, houve eleições locais
na França. A direita ganhou disparado. Na França, é assim. Há uns
seis anos atrás, a esquerda tinha levado tudo. Agora é a direita
que leva a melhor.
Le Figaro, jornal da direita, não trata a esquerda,
contudo, como um inimigo a ser eliminado do mapa. Há respeito pelo
adversário. Organizações de esquerda (partidos, sindicatos) são
respeitadas.
Esses jornais, de qualquer forma, são apenas
jornais: não possuem concessões públicas de rádio e tv.
Não há essa contínua tentativa de criminalizar a
política, que assistimos aqui.
Não há essa excrescência que é termos um jornal
privado, fortemente partidário, distribuindo prêmios a juízes em
função de sua perseguição a um determinado partido.
Enfim, a nossa democracia, para se consolidar,
precisará se livrar desses entulhos da ditadura.
Não tem nada a ver com socialismo ou comunismo.
A regulamentação democrática de sistemas de
oligopólio e monopólio são medidas liberais, comuns e necessárias
ao capitalismo.
O oligopólio asfixia a livre iniciativa, trava o
empreendedorismo, sufoca a criatividade.
Um país tão rico e tão diverso acorrentado aos pés
de um monstro criado na ditadura?
Nossa democracia, nossos filhos, merecem mais que
isso.
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