“Venezuela
não é uma ameaça. O povo venezuelano é portador de uma tradição
de solidariedade que os latino-americanos relembramos sempre com
profundo afeto”, manifesta o texto, emanado da IV Assembleia da
ULAN, realizada em Quito, Equador.
Além
disso, as agências de notícias integrantes da instância
ratificaram seu compromisso de “informar desde uma visão que
reconhece como valores centrais a irmandade de nossos povos a defesa
da democracia em toda a região, o respeito à soberania e a não
ingerência nos assuntos internos de nossos países”.
A
seguir, o texto na íntegra:
As
agências de notícias integrantes da União Latino-Americana de
Agências de Notícias reunidas na cidade de Quito [Equador], no
marco da IV Assembleia da ULAN durante os dias 23 e 24 de abril de
2015, ratificamos nosso compromisso de informar desde uma visão que
reconhece como valores centrais a irmandade de nossos povos, a defesa
da democracia em toda a região, o respeito à soberania e a não
ingerência nos assuntos internos de nossos países
Neste
sentido, as agências de notícias reunidas em Quito rechaçamos a
agressão do governo dos Estados Unidos contra a República
Bolivariana de Venezuela.
Venezuela
não é uma ameaça. O povo venezuelano é portador de uma tradição
de solidariedade que os latino-americanos relembramos sempre com
profundo afeto.
Entendemos
que nossa responsabilidade como agências públicas se incrementa
frente ao desafio que impõem novas práticas de forças distanciadas
de valores democráticos que utilizam o poder de diferentes meios e
redes sociais para realizar campanhas de desestabilização que
também visam dividir e violentar aos povos de nossa região, como
pudemos evidenciar em experiências vividas em países como
Argentina, Bolívia, Brasil e Equador.
A ULAN
agradece a recepção dispensada pelo secretário-geral da Unasul,
Ernesto Samper, e expressamos nosso total acordo com seu chamado de
atenção sobre a necessidade de preservar nossa região como um
espaço de paz, livre de armas nucleares, e sobre a existência hoje
de formas mais sutis de intervenção contra nossos povos.
Sob
esta ótica, assumimos hoje a responsabilidade de abordar com maior
profundidade os fenômenos de violência que afetam a setores
populares de países como Brasil e México, que requerem enfoques
jornalísticos inovadores, mais responsáveis e com capacidade a fim
de contribuir para sua solução.
Em
outra ordem, as agências que integramos a ULAN ratificamos nossa
responsabilidade para fortalecer o sítio web ANSUR (ansur.am)
como uma ferramenta fundamental no caminho da integração através
da comunicação.
Finalmente,
a ULAN felicita e agradece aos companheiros da agência Andes pela
excelente organização e disposição para que a IV Reunião
Executiva fosse exitosa. Ampliamos nosso agradecimento ao povo
equatoriano pelo tratamento fraternal que proporcionou a nossas
delegações.
Tradução
de Joaquim Lisboa Neto
Assim
manipulam os meios de comunicação em Colômbia
A
manipulação dos meios de comunicação aos colombianos e
colombianas chega à beira do cinismo. Torna infame a forma de
fazê-lo durante as 24 horas do dia sem que haja um controle ou pelo
menos um chamado de atenção por parte do Ministério de
Comunicações. Os polvos midiáticos atuam à vontade no marco do
neoliberalismo. São deuses sem Deus e sem lei.
Durante
os últimos dias não cessou o show midiático sobre a suposta ação
militar da guerrilha no estado do Cauca, aproveitando a dor, o
analfabetismo político da maioria do povo colombiano e seu alto grau
de alienação e alheamento, não pararam de “vomitar” ódio,
sectarismo, violência e predisposição do povo contra a insurgência
e concretamente o processo de paz que se adianta em Havana [Cuba]
entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, Exército do
Povo [Farc-EP] e o presidente Santos.
Há
honestidade e sinceridade nos meios de comunicação? Sentem
realmente a tragédia fruto da decomposição do regime capitalista?
Querem
realmente o fim do conflito armado em Colômbia? Nada disso. Pelo
contrário. O interesse é o rompimento desses diálogos e que o país
continue nesta dramática violência. Quem são os que estão por
trás desses meios? Pois, a oligarquia e o imperialismo
norte-americano, e eles existem em função da e graças à
violência. Quer dizer, enquanto exista a oligarquia ou o
imperialismo, existirá a violência. Por acaso, não é um fato
violento e inumano explorar o povo em geral como se vem explorando
por uma elite enquistada no poder? Por acaso, não é violência a
fome, o desemprego, a corrupção e a exploração do homem pelo
homem?
No
entanto, por trás desse barulho hipócrita da mídia sobre este
acontecimento doloroso, evidentemente, porque significa a perda de
vidas humanas, há um interesse superior e mesquinho. Ocultar algo
supremamente grave e significativo para este país governado por
máfias do narcotráfico e da corrupção. A detenção de duas
“vacas sagradas do estabelecimento”, como diria o escritor
costumbrista Álvaro Salom Becerra, nada mais nada menos que dois
esteios do tristemente célebre ex-presidente Álvaro Uribe Vélez:
Sabas Pretel de la Vega, ex-ministro do Interior, e Diego Palacio,
ex-ministro de Educação. Ambos foram condenados a somente cinco
anos, porém, de todas as maneiras, foram condenados ou sentenciados,
pelo caso da “Yidis política”.
Até
agora, nem um só funcionário do senhor Uribe Vélez sai limpo,
decente e com decoro. Não em vão se dizia que o palácio de Nariño
durante esta nefasta administração foi convertido numa caverna de
delinquentes e que a muitos lhes fez vir à memória a história de
“Ali Babá e os 40 ladrões”. Pouco a pouco todos vêm caindo
como o baralho; não obstante, o “rei” continua desafiando
a justiça.
Porém, como diz a propaganda: “Ele também cairá”, com certeza
lhe chegará a hora de responder por seus numerosos crimes de
lesa-humanidade como bem o vêm denunciando distintas ONGs de
Direitos Humanos.
Essa
grande notícia foi apresentada nas entrelinhas, às escondidas, foi
calada deliberadamente. Quem
fala hoje do tema? Ninguém. Por
outro lado, sobre o combate se faz todo tipo de comentários com base
na informação sensacionalista desses meios massivos de comunicação.
E o fazem porque foram soldados a serviço das multinacionais e
transnacionais os que caíram. Se tivesse sido o contrário, com toda
certeza teria havido um simples comentário e alegria delirante como
se a insurgência não fosse colombiana, seres humanos com familiares
e dolorosos. Isso
não é monstruoso? Isso não é indignante? Isso não nos deve
chamar a atenção?
Não
há dúvida: O pior Valium no século XXI são os meios massivos de
Comunicação, propriedade das multinacionais e transnacionais.
Diariamente nos apresentam uma realidade virtual, totalmente
diferente da realidade. Para
a mostra, um botão…
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Equipe
ANNCOL - Brasil
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